Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
DA SILVA, Aline Vitali |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31671
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Resumo: |
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é um importante problema de saúde pública. Considerando que o óbito por causa direta do infarto é pouco frequente, as complicações clínicas agregam peso importante na mortalidade destes indivíduos. As infecções respiratórias são complicações hospitalares comuns, responsáveis por aumento da incapacidade, tempo de internação e mortalidade. Na fase aguda do AVCI ocorre uma profunda alteração do sistema imune que predispõe a intercorrências infecciosas. Algumas características clínicas são associadas a aumento do risco de pneumonia, tais como: idade avançada, disfagia e gravidade do déficit neurológico.Contudo, há escassa evidência na população brasileira sobre este tema. Desta forma, o objetivo deste estudo foi identificar fatores de risco e proteçãode infecção respiratória em pacientes pós-AVCI não submetidos a tratamento trombolítico. Este estudo é composto por uma amostra de pacientes maiores de 18 anos que foram internados por AVCI de março de 2014 a agosto de 2015 em hospital terciário localizado na cidade de Londrina, interior do Estado do Paraná, Brasil. Esses pacientes tiveram seus prontuários retrospectivamente analisados e foram obtidos dados demográficos, fatores de risco cardiovasculares, uso prévio de estatina de beta-bloqueador, gravidade do déficit neurológico, necessidade de intubação orotraqueal, sondanasoentérica e unidade de terapia intensiva, bem como tempo de internação e mortalidade. Participaram do estudo 259 pacientes com AVC isquêmico. As infecções ocorreram em 27,0% da amostra, sendo 16,6% os casos de pneumonia. Além disso, o tempo médio de internação foi 9,4 dias e a mortalidade de 13,9%. Em análise multivariada (Regressão Logística Binária, com técnica Wald) foram associados ao aumento do risco de pneumonia, os seguintes fatores: sexo masculino (OR: 10,7; IC95%: 1,3-88,1; p=0,03), a idade maior de 75 anos(OR: 6,5; IC95%: 1,3-31,9; p=0,02) e a necessidade de sondanasoentérica(OR: 364,6; IC95%: 31,3-4240,1; p<0,01). O uso prévio de estatina, entretanto, foi fator protetor para a ocorrência de pneumonia (OR: 0,1; IC95%:0,0-0,7; p=0,02). Nossos resultados corroboram achados de estudos prévios, identificando o sexo masculino,a idade maior de 75 anos e a necessidade de sondanasoentérica (SNE)como fatores de risco independentesde infecção respiratória pós-AVC. Pode-se concluir que os preditores de pneumonia identificados neste estudo foram semelhantes ao de diferentes populações e o uso das estatinas reduziu de forma significativa a ocorrência de pneumonia na população de estudo, ampliando o campo de pesquisa com relação aos benefícios das estatina na prática clínica. |