ATIVIDADES MULTIMODAIS NO PROCESSO DE APRENDER A ENSINAR MATEMÁTICA SOB A PERSPECTIVA INCLUSIVA: UMA EXPERIÊNCIA COM LICENCIANDOS EM PEDAGOGIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BATISTA, ÉRIKA SILOS DE CASTRO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31988
Resumo: Esta tese examina o envolvimento de licenciandos em Pedagogia com atividades matemáticas multimodais e suas avaliações sobre casos de ensino que apresentam interações de alunos com deficiência com tais atividades. Ela busca observar as maneiras que esses licenciandos desenvolvem para compreender e compartilhar ideias matemáticas durante o processo de aprender a ensinar Matemática sob uma perspectiva inclusiva. As atividades foram planejadas para permitir explorações de conteúdos matemáticos associados aos Anos Iniciais por meio de diferentes modalidades sensoriais e expressões corporais como formas de produção e representação matemática. A pesquisa objetiva analisar as contribuições dessas atividades e dos casos de ensino para a instrumentalização de licenciandos em Pedagogia no processo de aprender a ensinar Matemática sob a ótica da inclusão. O estudo também se concentra nos impactos produzidos por interações com instrumentos matemáticos para a inclusão matemática dos próprios licenciandos em Pedagogia, assim como no potencial de casos de ensino como meios de aproximar esses futuros professores de processos que promovem a inclusão matemática de alunos com deficiência. Para isso, com base nos dados coletados, foram analisados discursos, tais como interpretações pessoais e conjecturas, assim como gestos, produzidos pelos participantes, usando como amparo teórico abordagens direcionadas à identificação de conhecimentos necessários para o ensino articuladas a perspectivas da corporificação. Isso possibilitou uma caracterização do ensino de Matemática como uma ação que, enquanto relação social, envolve produção, compreensão e compartilhamento de significados, por meio de relações intra e interpessoais estabelecidas com objetos matemáticos. Os resultados indicam que as atividades analisadas, nas quais os licenciandos fizeram uso de instrumentos matemáticos e discutiram casos de ensino, colaboraram para o desenvolvimento de suas habilidades de estabelecer empatia no processo de aprender a ensinar Matemática sob a perspectiva inclusiva. A análise dos dados também sugeriu que os instrumentos e os casos de ensino serviram para apoiar a inclusão matemática dos próprios participantes, tanto como aprendizes, quanto como futuros professores, e evidenciaram o estabelecimento de relações intra e interpessoais com os objetos matemáticos explorados (em particular, Sistemas de Numeração Decimal e Simetria), ilustrando experiências sensoriais, movimentos corporais e recursos linguísticos como estratégias para compartilhar ideias matemáticas com os outros e para compreender as ideias de diferentes grupos de alunos. Espera-se que este trabalho ofereça apoio teórico e instrumental para que professores, em formação e em exercício, atuem em cenários matemáticos inclusivos, e incentive outros estudos a ampliarem a discussão e a pesquisa, não só no âmbito da Educação Matemática Inclusiva, como também, nos processos associados à Formação de Professores que ensinam Matemática.