Estudo Comparativo dos efeitos Dentoesqueléticos e Faciais do uso de Mini-Implantes em região de Crista Infrazigomática, Buccal Shelf e Aparelho Pendulum no Tratamento da Má Oclusão de Classe II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: TAHA, Chemel Mahmud
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67550
Resumo: : Comparar retrospectivamente por meio de Cefalometria em norma lateral, as alterações dentoesqueléticas e faciais provenientes da distalização dos molares superiores com aparelho pendulum e de mini-implantes extra-alveolares na região de crista infrazigomática e buccal shelf, no tratamento da má-oclusão de Classe II. Materiais e métodos: A amostra foi realizada com 45 adolescentes, 26 do sexo feminino e 19 do sexo masculino, com média de idade de 13 anos, sendo tratados de 3 formas diferentes: 15 com aparelho de pendulum, 15 com mini-implantes extraalveolares em região de crista infrazigomática e 15 tratamentos com mini-implantes em região de crista infrazigomática e buccal shelf. Para avaliação dos efeitos ocasionados pelos aparelhos foram realizadas telerradiografias em norma lateral no início do tratamento T0 e após a distalização dos molares T1. Nas telerradiografias em norma lateral, foram mensuradas as alterações dentárias, esqueléticas e faciais. A avaliação preliminar dos dados revelou uma distribuição normal para as variáveis (teste Kolmogorov-Smirnov). Para comparações das variáveis cefalométricas de T0 e T1 e a diferença de T1 e T0 foram avaliadas utilizando ANOVA com o teste posthoc de Tukey. Para os dados não paramétricos foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis com comparações múltiplas DSCF. A comparação intergrupos com base no sexo através do teste qui-quadrado. O erro do método foi calculado através do coeficiente de correlação interclasse. Depois de 1 mês da primeira medição, 30% da amostra de cada grupo foi selecionada aleatoriamente, sendo remedidas pelo mesmo examinador. Nenhum erro sistemático foi detectado pelas variáveis. Em todos os testes foi adotado nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: em todas as amostras não foram observadas alterações estatisticamente significativas no posicionamento sagital da maxila e da mandíbula. A rotação mandibular no sentido horário foi demonstrada pelos aumentos estatisticamente significativos na AFAI, SnGoGn e o FMA. A distalização média dos molares foi de 2,5mm. A perda de ancoragem também é demonstrada pelo aumento da inclinação labial e protrusão dos incisivos superiores. Os incisivos superiores inclinaram 2,50, aumentando o overjet em 1,4mm. O ângulo nasolabial teve uma diminuição em virtude da vestibularização dos incisivos superiores e a posição do lábio superior no aparelho de pendulum. Em relação à distalização obtida com os mini-implantes extraalveolares, notamos uma distalização maior dos molares e sem o efeito colateral de vestibularização dos incisivos superiores, pelo contrário, consegue-se com esta técnica uma distalização dos molares em torno de 4mm utilizando somente miniimplantes em crista infrazigomática (IZC) e de 2,5mm utilizando mini-implantes em região de crista infrazigomática com buccal shelf e retrusão dos incisivos superiores em 5mm com IZC e de 1,5mm com IZC e buccal shelf, além de conseguir um controle maior em relação a inclinação e extrusão dos molares, um melhor controle da inclinação dos incisivos superiores. O lábio superior foi retraído 2 mm com IZC e de 1 mm com IZC e buccal shelf e um aumento de 70 no ângulo nasolabial, aumento este devido inclinação lingual dos incisivos superiores. Já no caso de IZC com buccal shelf não houve alteração significativa do ângulo nasolabial em virtude de realizar pouca retrusão tendo em vista que com esta técnica além da retrusão superior tivemos uma protrusão inferior, diferente das amostras de pendulum e IZC somente, que não houve alterações significativas nos incisivos inferiores. Conclusão: As alterações promovidas pelo aparelho de pendulum foram predominantemente dentoalveolares com distalização menor dos molares, uma maior inclinação dos mesmos no sentido horário e com efeito colateral de vestibularização dos incisivos superiores, como consequência disto uma diminuição do ângulo nasolabial e uma projeção maior dos incisivos superiores em relação aos mini-implantes extra-alveolares, onde com ancoragem esquelética conseguimos uma distalização molar mais efetiva, bem como um maior controle da inclinação do mesmo. Além de gerar menos efeitos colaterais na inclinação dos incisivos e do tecido mole, quando associamos IZC e buccal shelf temos necessidade de menos retração superior em virtude da perda de ancorgem inferior. Lembrando que este estudo foi realizado avaliando as implicações clínicas pós distalização dos molars e não com o tratamento concluído, onde os efeitos colaterais gerados principalmente pelo aparelho de pendulum foram corrigidos até a finalização dos tratamentos em questão.