Competências digitais dos estudantes e docentes de nível superior: busca informacional e estratégias autorreguladas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: KIRNEW, Lisandra Costa Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47938
Resumo: A internet e as tecnologias digitais promoveram novos hábitos de busca informacional relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, encontram-se estudantes e docentes participantes da “sociedade conectada”, assim denominada em razão do amplo e facilitado acesso que têm à informação ou até à desinformação, como é o caso das “Fake News”. Muitos desses indivíduos apresentam habilidades no uso de vários recursos digitais, mas não necessariamente desenvolveram em seus processos formativos as competências digitais, as quais estão relacionadas ao domínio tecnológico, mobilizando um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que decorrem na formação de indivíduos com perfil de pesquisadores, ou seja, que agem com autonomia, criticidade, autorregulando o conhecimento na medida em que se sentem responsáveis pelo saber. Sendo assim, ao relacionar os hábitos de busca informacional com tecnologia digital e a construção do conhecimento de estudantes e docentes em formação acadêmica em nível superior questiona-se: Pode uma proposta com aplicação de um protocolo de pesquisa, que articula estratégias de aprendizagem autorregulada, bibliometria e pressupostos do CHA, contribuir para a promoção do desenvolvimento de competências informacionais digitais nestes indivíduos? Esta tese caracteriza-se como qualitativa do tipo pesquisa-aplicação e analisou como os discentes e docentes concebem sua competência informacional de busca digital antes e após experiência com protocolo de pesquisa que articula bibliometria, estratégias autorreguladas de aprendizagem e pressupostos do CHA. Os instrumentos para coleta compreenderam quatro questionários estruturados online, recursos digitais e Protocolo de Pesquisa. As análises foram qualitativas e dividiram-se em três eixos: hábitos digitais; percepções em relação ao desenvolvimento de competências digitais informacionais após experiência com protocolo; e ponderações sobre a construção e aplicação do protocolo com os participantes. Os resultados indicaram que os participantes tinham hábitos digitais de busca pela informação, mas não apresentaram em sua maioria o desenvolvimento de competência informacional digital. Muitos não conheciam uma base de dados científicos, não sabiam utilizar os descritores de busca e nem organizar os dados coletados, entre outras estratégias autorreguladas. Após experiência com protocolo de pesquisa, passaram a perceber-se com novas ações referentes a busca informacional, habilidade de avalição e atitudes de utilização da informação. A maioria reconheceu contribuições do protocolo indicando-o como uma estratégia nova e útil na realização de pesquisa, sobretudo na atualidade, em que se tem acesso a muitas informações. Conclui-se que o protocolo serviu de apoio na realização de uma sequência didática para se fazer pesquisa e, a partir da sua experiência prática, promoveu o desenvolvimento de competências informacionais digitais nos participantes.