Atividade reparativa da Campomanesia adamantium em feridas traumáticas de animais atendidos no centro de reabilitação de animais silvestre (CRAS) de Campo Grande-Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: XAVIER, Giovani da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67469
Resumo: A Guavira é a fruta símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul, de ocor-rência no cerrado, cerradão, campo sujo e há registro de cerca de 40 espécies no bioma Cerrado. As plantas medicinais desempenham um papel fundamental na saúde, amplamente utilizado na medicina popular na forma de pó, chá, óleo ou formas relacionadas. Das espécies mais comuns está a Campomanesia ada-mantium O. Berg, a qual é reconhecida por ter frutos e folhas com elevados teo-res de substâncias antioxidante e anti-inflamatórias, caraterísticas essas que le-varam grupo de pesquisa do Programa de Pós Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (PPG-MDR). avaliar o extrato etanólico e formula-ções a base desse extrato na cicatrização por segunda intenção em modelos experimentais em gatas castradas, com resultados promissores. Diante desses resultados objetivou-se avaliar a ação reparadora tecidual de uma formulação a base do extrato etanólico das folhas de Campomanesia adamantium na restau-ração tecidual em feridas por lesões traumáticas de animais resgatados e aten-didos no Centro de Reabilitação de animais Silvestres de Campo Grande (CRAS). Entre as espécies de mamíferos mais comuns que são atendidas víti-mas de armadilhas ou atropelamentos destaca-se a Anta-brasileira (Tapirus ter-restris), O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) a onça-pintada (Pan-thera onca). O que contempla a linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e De-senvolvimento Regional Sustentável, e está inserido no ODS 3. Devido a fácil disponibilidade as folhas de Guavira foram coletadas na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) no Município de Dourados-MS, as folhas de C. adamantium, após a exclusão de folhas velhas e/ou danificados, foram submeti-das ao processo de secagem, após a secagem foram trituradas em moinho de facas de aço inoxidável e armazenadas em frascos hermeticamente fechados protegidos da luz e calor, e foram rotulados. foi utilizada uma emulsão à base de vaselina e lanolina, com o extrato das folhas das plantas. A pomada foi obtida pela mistura de 5% do extrato etanólico das folhas de C. adamantium com uma base de vaselina e lanolina (1:2). O antisséptico foi obtido pela mistura de 2;5% do extrato etanólico das folhas de C. adamantium com uma base de álcool 30%. O preparo da formulação utilizada para o tratamento, ocorreu no laboratório de farmacotécnica localizado Universidade Anhanguera-UNIDERP Agrárias, 10 Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O Animal do tratamento, foi uma Anta (Ta-pirus terrestris) macho adulto 3 anos de idade, pesando cerca de 270kg, onde foi instaurado o tratamento com a pomada e antisséptico a base de C.adaman-tium, no caso relatado, diversas estruturas foram afetadas, como, musculatura, nervos e tendões e artérias e veias. O local afetado foi na região dos ossos rádio e ulna, no membro superior direito. Todo o manejo do animal foi realizado em ambiente controlado e com profissionais especializados em fauna silvestre, pu-demos comprovar a eficácia no tratamento após três meses de curativos diários intensivos, durante os meses a lesão demostrou uma grande regressão da infla-mação e do tecido de granulação, demostrando estar respondendo aos protoco-los com os fitoterápicos. Foi realizado a coleta com duas amostragens desses tecidos por meio de “punch” 0,5 mm. para Biopsia onde demonstrou tecido epi-telial estratificado pavimentoso queratinizado completo e integro. A derme exibe ausência de infiltrado inflamatório com fibrilas de colágenos se organizando, de-mostrando uma boa cicatrização e regeneração tecidual.