Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
PEREIRA, Luis Fernando Pacheco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67185
|
Resumo: |
Jovens em situação de vulnerabilidade social geralmente têm pouco interesse pelos estudos regulares. Estudam em escolas que propagam um modelo pedagógico deficiente, com professores sobrecarregados, insegurança, e infraestrutura ruim. Além disso, não veem nos estudos uma oportunidade para a ascensão social e não se acham capazes de mudar o mundo à sua volta. Entre os diversos componentes pedagógicos do ensino regular, a Matemática é geralmente aquele que provoca maior resistência. Esta pesquisa foi desenhada com o objetivo de analisar o impacto da participação de um grupo de jovens em situação de vulnerabilidade social, em projetos de empreendedorismo social, na promoção de atitudes positivas em relação à Matemática e no desenvolvimento de habilidades matemáticas, no contexto da Base Nacional Comum Curricular. Participaram desta pesquisa 22 jovens, da região Oeste de São Paulo, com idades entre 14 e 17 anos, estudantes do Ensino Médio, atendidos pela Organização não Governamental CAMP OESTE em programas de inclusão no mundo do trabalho. O desenho das atividades previu nove oficinas semanais, realizadas virtualmente por força da pandemia causada pelo novo Coronavírus. Durante essas oficinas, os jovens recebiam orientação e trabalhavam em grupos, no desenvolvimento de projetos de empreendedorismo. Como temas para os projetos, foram utilizados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, a fim de envolver os jovens em causas sociais ou ambientais. As oficinas foram conduzidas de maneira que a Matemática surgia como necessidade para cumprir uma tarefa ou etapa do projeto, como uma ferramenta de trabalho, um meio, e não um objetivo. Como a Matemática não foi utilizada de maneira convencional, buscamos associar componentes de Matemática às etapas do projeto, como o tratamento de grandezas, razão e proporção, porcentagem, interpretação de dados estatísticos, pensamento computacional, lógica, algoritmos e matemática financeira. Para propiciar o protagonismo dos jovens, planejamos utilizar metodologias ativas, como o Design Thinking e a Aprendizagem Baseada em Projetos. As atividades de orientação, os trabalhos em grupo e as apresentações finais dos projetos desenvolvidos foram gravadas em vídeo, para permitir análise dos dois construtos, Atitudes em relação à Matemática e o Desenvolvimento de habilidades matemáticas. Foram, também, analisadas as conversas informais em WhatsApp, entre os jovens e o pesquisador, e os artefatos produzidos pelos participantes. Os resultados sugerem que os jovens apresentaram atitudes positivas crescentes, à medida que os projetos avançavam e que desenvolveram cinco das oito habilidades matemáticas propostas |