POTENCIAL INSETICIDA E CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Ocimum gratissimum L. (LAMIACEAE) E Lippia gracilis Schauer (VERBENACEAE) NO CONTROLE DE Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797) (NOCTUIDAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MONTEIRO, ILDENICE NOGUEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/30292
Resumo: O uso abusivo de inseticidas organossintéticos utilizados no controle de pragas agrícolas vem causando diversos problemas de saúde pública, econômicos e ambientais. Esse fato tem gerado uma demanda por fontes alternativas para o controle de pragas, menos agressivas ao meio ambiente e de menor impacto financeiro à agricultura, como os óleos essenciais de espécies vegetais. Deste modo, objetivou-se avaliar a composição química e a atividade inseticida dos óleos essenciais das folhas de Ocimum gratissimum L. e Lippia gracilis Schauer, bem como o efeito dos seus constituintes majoritários no controle da Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1787) (Lep: noctuidae), uma das pragas que causa danos em várias culturas, especialmente a cultura do milho, atacando os diferentes estágios de desenvolvimento da planta e está contemplada na linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável. As folhas dos dois espécimes vegetais estudados foram coletadas nos municípios de São Luís e Carolina, Maranhão, Brasil, e os constituintes químicos foram identificados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas e ao detector de ionização de chamas (CGEM/DIC), sendo os padrões de referência adquiridos da Sigma-Aldrich. Para a atividade inseticida, foram realizados os testes de toxicidade aguda tópica e toxicidade por superfície de contato em lagartas de dez dias de idade. Para o óleo essencial de O. gratissimum, o componente majoritário foi o timol, seguido de p-cimeno e γ-terpineno. Para o óleo de L. gracillis, α-pineno apresentou-se como componente majoritário, seguido de 1,8-cineol, β-pineno e limoneno. Ambos os óleos apresentaram atividade inseticida; porém a atividade do óleo de O. gratissimum, com DL50 0,020 μL/inseto e CL50 0,171 μL/cm2 , foi superior ao de L. gracilis, com DL50 0,090 μL/inseto e CL50 1,551 μL/cm2 para os testes de toxicidade aguda tópica e por superfície de contato, respectivamente. Os dois óleos apresentaram potencial inseticida superior aos constituintes majoritários isolados, timol e α-pineno, frente a S. frugiperda, o que pode estar relacionado ao sinergismo dos demais constituintes. Devido a natureza inseticida dos óleos essenciais, in vitro, existe a possibilidade de desenvolver um sistema de controle eficaz para a lagarta-do-cartucho.