Reflexões de uma experiência com uso da ferramenta classroom para atendimento dos alunos na sala de recursos multifuncionais no período de isolamento social ocasionado pela pandemia covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: STEIN, Daniela Von
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31814
Resumo: O presente trabalho caracteriza-se como pesquisa qualitativa, um estudo de caso, apresentado ao Programa de Mestrado em Metodologias para o ensino de Linguagens e suas Tecnologias – Pitágoras Unopar. O estudo partiu de uma situação em que o sistema educacional precisou se adaptar em razão do isolamento social e do distanciamento, impostos pela pandemia da Covid-19. Assim, instituições de ensino de todos os níveis precisaram se adequar às aulas remotas, inclusive os atendimentos especializados aos alunos com necessidades educacionais especiais. Diante desta situação, surgiram os seguintes questionamentos: Como os alunos realizaram as atividades sem o apoio presencial do professor? Os alunos tinham hábitos que envolviam o uso de tecnologias digitais em ambientes virtuais de aprendizagem? Quais as percepções dos alunos, de seus responsáveis e do professor da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM), sobre a realização das atividades remotas deste período? O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as percepções dos docentes, dos alunos da SRM e de seus pais (responsáveis) em relação à experiência de realizar atividades online durante o período de distanciamento do espaço físico da escola, professor e colegas. Os participantes foram: 1 professora (pesquisadora deste estudo), seus 8 alunos da SRM e respectivos responsáveis. Para coleta de dados utilizou-se: ficha de interesse social dos alunos; questionário on-line estruturado, aos pais e alunos com perguntas abertas e fechadas; relato de experiência da professora. Para análise qualitativa dos dados foram elaborados três eixos, sendo eles: a) Conhecendo os hábitos digitais dos alunos da SRM por meio da ficha de interesse social; b) Relato do atendimento remoto e o uso de outras tecnologias para auxiliar na realização das atividades com os alunos; c) O que pensam pais e alunos sobre as atividades remotas realizadas no período de isolamento social. Como resultado, destaca-se que: a) anterior ao atendimento remoto os alunos tinham o hábito de acesso à internet para lazer, mas não para aquisição de conhecimento; b) sobre o atendimento remoto, a docente considera que a ferramenta utilizada era uma novidade para todos, e, muitas vezes, a dificuldade dos alunos não estava no entendimento do conteúdo, e sim nas questões relacionadas ao manuseio das ferramentas. Em sua perspectiva, o apoio da família foi fundamental para a organização da rotina de estudos, que deixou de ser presencial; c) alguns alunos gostaram do sistema on-line, mas preferem o retorno presencial, mesmo apontando que acham interessante a manutenção de alguns aspectos, como o uso dos jogos, de materiais interativos e outros. Os pais apresentam dificuldades de lidar com a questão técnica; porém, por meio do contato constante com a professora, conseguiram suporte aos filhos. Foi possível concluir que o atendimento remoto apresentou desafios tanto para a docente, quanto para alunos e responsáveis. Esta experiência de atendimento remoto ocorreu de modo inesperado; porém, promoveu reflexões sobre a prática educativa, processos formativos, bem como sobre o uso de tecnologias digitais como inclusão social dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE).