Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
LOPES JUNIOR, HILTON |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32098
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Resumo: |
A análise de substâncias biologicamente ativas advindas de espécies vegetais tem levado a descoberta de moléculas clinicamente benéficas para vários fins terapêuticos. A espécie vegetal Eucharis x grandiflora Planch. & Linden é uma planta inclusa na classe das liliopsida, pertencente à família das Amaryllidaceae J. St.-Hil. É uma planta nativa da América do Sul, encontrada na região Amazônica e originária da Colômbia, é utilizada terapeuticamente por populações nativas e tradicionais destas localidades para o tratamento de algumas patologias, incluindo atividade antiviral contra o vírus influenza, anti-inflamatória contra erupções cutâneas, antitrombóticas para o ataque do coração, para picadas de mosquito e mordidas de cobra. Estas propriedades terapêuticas, em muitas vezes, podem ser relacionadas à presença de um grupo fitoquímico conhecido como alcaloides da classe dos isoquinolínicos presentes em plantas pertencentes a família das Amaryllidaceae. Nesse trabalho realizou-se a investigação preliminar sistemática da triagem fitoquímica qualitativa da Eucharis x grandiflora Planch. & Linden, verificando-se a presença de substâncias biologicamente ativas pertencentes à classe das saponinas, compostos fenólicos, como flavonoides, taninos e cumarinas, além de evidenciar a presença de alcaloides. Foram preparados extratos aquosos, hidroetanólicos e etanólicos de diferentes partes da planta, a saber: folhas, flores, bulbos, raízes e haste floral, sendo que nas flores obteve-se o melhor teor extrativo quando comparado a outras partes da planta, obtendo-se para o extrato etanólico o teor de extrativos de 3,448%, sendo este o valor mais alto quando comparado com o extrato aquoso e o hidroetanólico. Utilizando-se o fingerprint em espectrometria de massas, dos extratos preparados, confirmou-se a presença de alcaloides, sendo estes do tipo galantamina, licorina, hemantomina e tazetina em todas as partes da planta. Compostos fenólicos foram identificados nas flores, folhas e haste floral. Nas flores foram encontrados ácidos fenólicos, benzofenonas e flavonoides, nas folhas foram encontrados flavonoides e na haste floral foram encontradas benzofenonas e flavonoides utilizando-se a cromatrografia em HPLC. As folhas foram a parte da planta que apresentou maior concentração de fenóis totais e flavonoides totais. Realizou-se ensaios in vitro da atividade antioxidante dos extratos, onde as folhas apresentaram melhor atividade supressora de radicais livres, com um valor de CE50% entre 82,34 µg/mL para o extrato HEH e 86,79 µg/mL para o extrato H2O, esta atividade biológica pode ser atribuída a presença de compostos fenólicos e flavonoides relatadas acima em análise qualitativa e quantitativa. As outras partes da espécie vegetal, como os bulbos, as flores, a haste floral e a raiz não apresentaram potencial antioxidante considerável. A presença de alcaloides relatados na triagem fitoquímica presentes nesta espécie vegetal, possuem extensa atividade terapêutica, e o uso medicinal tradicional relatado por populações nativas e tradicionais é atribuído à presença dos mesmos. Contuto, efeitos colaterais também são mencionados quando se utiliza indevidamente espécies que contêm este grupo fitoquímico, devido à alta toxidade destas substâncias. Estudos complementares devem ser realizados, afim da confirmação do tratamento ou prevenção das patologias mencionadas popularmente. |