AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO CARDIO-PUC EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BARBAN, KAREN RAQUEL
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32071
Resumo: O uso de hemoderivados em cirurgia cardíaca está relacionado com aumento da morbimortalidade. A transfusão de sangue tem sido considerada fator de risco para infecções e aumento de permanência hospitalar. Tornam-se imprescindíveis medidas específicas quanto a técnica de circulação extracorpórea e o procedimento operatório, com o objetivo da racionalização do uso de hemoderivados. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do protocolo CARDIO-PUC em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Neste estudo foi realizada uma análise retrospectiva de prontuários de pacientes operados entre 1998-2015, comparando grupo 1 (n=675 pacientes) operados com CEC convencional, com grupo 2 (n=2100 pacientes) submetidos ao novo protocolo (CARDIO-PUC) de medidas (drenagem venosa assistida por vácuo, encurtamento dos tubos de circuito extracorpórea, redução do prime e autotransfusão com hemodiluição aguda normovolêmica). Os parâmetros avaliados foram: hematócrito; transfusão de hemoderivados; sangramento no dreno de tórax; necessidade de suporte inotrópico e por fim, tempo de internação UTI. Houve melhor resultado considerando parâmetros do pósoperatório para os pacientes do grupo 2; os valores do hematócrito eram iguais (p>0,05) entre os grupos no pré-operatório, entretanto, ao final do CEC, observou-se maior valor de hematócrito no grupo 2. Em relação a necessidade de hemoderivados observou-se que o grupo 1 recebeu uma média de 1,8 concentrado de hemácias enquanto que o grupo 2 necessitou de apenas 0,4 bolsas, diferença estatisticamente significante (p< 0,001). O sangramento do dreno de mediastino nas 24h iniciais mostrou que houve maior sangramento (p<0,01) no grupo 1 em comparação com o grupo 2. Considerando outros parâmetros do pós-operatório como uso de suporte inotrópico (p< 0,05) e tempo de internação em UTI (p<0,001) houve redução no grupo 2. A implantação do protocolo CARDIO-PUC associa-se a melhora clínica e benefício ao paciente.