Associação da sensação e avaliação da perda auditiva com os níveis plasmáticos de biomarcadores inflamatórios em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CORDEIRO, Fernanda Prates
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31515
Resumo: Introdução: A senescência do sistema imunológico desempenha um papel importante na degeneração da orelha interna relacionada à idade, denominada inflamação. A presbiacusia pode ser mediada pelos efeitos de processos inflamatórios no sistema auditivo, esses mecanismos biológicos subjacentes ao envelhecimento permanecem pouco estudados. Objetivo: Determinar se os biomarcadores inflamatórios plasmáticos estão associados às alterações auditivas em idosos. Métodos: Foram realizadas as seguintes avaliações: audiológica com audiometria tonal limiar, autoavaliação com questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly Screening Version (HHIE-S) e coleta do sangue periférico para a dosagem dos níveis plasmáticos das interleucinas 2, 4, 6 e 10, fator de necrose tumoral-α e interferon-γ por meio da citometria de fluxo em idosos do Projeto Envelhecimento Ativo. Para pareamento dos grupos foi utilizado o teste não paramétrico de Mann-Whitney, o teste de Qui-quadrado para associações entre as variáveis dicotômicas, teste t de amostras independentes para comparar as médias entre os grupos e correlação de Spearman, com valor de significância de p<0,05. Resultados: Os achados desse estudo mostraram maiores níveis plasmáticos da interleucina-2 (p= 0,031; rs=0,210), média II da orelha direita (p=0,004; rs=0,279), maior tempo em anos (p=0,002; rs=0,307) e em horas (p=0,004; rs=0,281) de exposição ao ruído no gênero masculino. Em ambos os gêneros foi observado predomínio de perda auditiva sensorioneural (p<0,001*; rs=0,403) de grau leve (p<0,001*; rs=0,982) e piora da audição relacionada ao aumento da idade (p=0,011; rs=0,250). Aumento nos níveis plasmáticos de interferon gama no grupo com handicap auditivo normal (p=0,015; rs= -0,280) e observou-se associação e correlação entre o handicap auditivo leve/moderado e as variáveis de audição (  2 = 7,300; p= 0,007), grau normal de audição (χ2 = 8,989; p= 0,003) e ausência da queixa de hipoacusia ( 2=5,920; rs=0,281; p=0,015). Conclusão: O questionário HHIE-S demonstrou ser um instrumento eficiente na triagem auditiva, para avaliar idosos, pois é uma ferramenta de baixo custo, simples, rápida, de fácil compreensão e requer pouco tempo para sua aplicação, principalmente, quando comparado a outras avaliações como audiometria tonal limiar e os níveis plasmáticos dos biomarcadores inflamatórios. Este trabalho apresenta um tema de relevância, não só para a parcela da população estudada, mas para toda a sociedade, uma vez que a audição se constitui em elemento crucial na comunicação dos idosos, para sua qualidade de vida e daqueles que o rodeiam, além do avanço na verificação dos fatores biológicos relacionados a estas alterações.