CURA PELAS PLANTAS: DA PRÉ-HISTÓRIA À IDADE CONTEMPORÂNEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: GANASSIN, Amanda Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/60462
Resumo: O histórico de utilização de plantas medicinais vem desde os tempos remotos, e tem mostrado que elas fazem parte da evolução humana e foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos. Sendo portando, o objeto de estudo desta tese os saberes e as práticas da arte de curar realizada pela humanidade, a medicina empírica. Tendo o texto Universal e Singular de Alves (2003) norteando a reflexão sobre a realidade atual, sobre o que singulariza, fazendo uma busca sobre o conhecimento universal. Além de suas vertentes históricas, sociais, culturais econômicas e ambientais que se fundamenta nas obras dos contos de Hélio Serejo (1946; 1988; 1990) disponíveis nos livros Carai Ervateiro e Nhá Chaló, de Baudoux (2018) e Clarke (2020), as quais relacionam a organização técnica do trabalho com as transformações espaciais e com as relações sociais. Diante disso, essa tese teve como objetivo geral entender a relação do homem da pré-história e o da idade contemporânea com o uso das plantas medicinas, e onde vem esse conhecimento, o que contempla a linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento, que estabelece um diálogo entre as Ciências Sociais e Naturais, tendo como pressupostos as noções de complexidade no pensamento ecológico. Hoje, em uma visão planetária, a área da saúde assiste uma ressignificação dos valores etnobotânicos e sua grande contribuição ao longo das gerações na determinação de novos preceitos sobre doenças e curas frente ao conhecimento científico e as práticas relacionadas às curandeirices, é o que sustenta o uso destas pelas mais antigas civilizações – pré-história até a atualidade – idade contemporânea. Para atender esses objetivos, foi realizado buscas na literatura empírica e cientifica. As palavras chaves foram cruzadas de maneiras distintas. O estudo versa sobre uma revisão bibliográfica não sistematizada. Para análise e síntese do material houve uma leitura seletiva, determinando assim o material mais pertinente ao tema do trabalho. Por fim, procedeu-se a leitura analítica a fim de sumarizar e hierarquizar as informações contidas nos periódicos e livros consultados, possibilitando assim, a obtenção de resposta ao problema da pesquisa. Em relatos de 60.000 anos a.C., foi encontrado em sepultamento humano o uso de plantas aromáticas. A partir das informações obtidas é certo que o emprego das plantas medicinais para o tratamento e cura de doenças é uma prática tão antiga quanto a história do homem e essas coleções de plantas que tem aspecto digno de investigação, 11 não devendo ser postas de lado como produtos inúteis e inofensivos. Foi possível verificar que os procedimentos adotados por Nha Chaló, a curandeira, não foram arbitrários nem inconsequentes. Baseavam-se em saberes práticos, sistematizados ao longo dos séculos e passados de geração em geração, principalmente entre os indígenas da etnia Guarani. Baseavam-se no senso comum, tomado no sentido gramsciano, e o próprio crivo do conhecimento científico, hoje disponível, mostra sua eficácia. As práticas mágicas retomam saberes ancestrais, baseados na fé, na dádiva e no dom, em um sistema de trocas das sociedades primitivas pautado nas obrigações de dar, receber e retribuir