PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E TRABALHADORES DO SUS QUANTO ÀS AÇÕES DE ENFRENTAMENTO DAS ARBOVIROSES NA REGIÃO DO BANDEIRA EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: SANTOS, DIANE XAVIER DOS
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Arboviroses; Aedes aegypti
• Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/30287

O Brasil sofre com epidemias das doenças vetoriais há décadas, quatro tipos de arbovirus tem causados afecções graves a população, sendo elas: Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e o Zika, 2016 marcou um recorde no número de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti cerca de 2 milhões de casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya foram notificados no país. Os gastos gerados nesse período resultam em um prejuízo para a economia de pelo menos R$ 2,3 bilhões, de acordo com um estudo realizado pela consultoria especializada em saúde, Sense Company. Desde 1997 com a implementação do Plano Diretor de Erradicação do Aedes aegypti as ações de combate ao vetor foram implementadas no Brasil, visando erradicar e minimizar principalmente as formas graves da dengue. Os objetivos dessa pesquisa é: Investigar a percepção dos usuários e trabalhadores do SUS quanto às ações de enfrentamento das arboviroses na região do Bandeira em Campo Grande, Mato Grosso do Sul; Descrever o perfil sócio econômico e cultural dos usuários do SUS na região do Bandeira, Campo Grande - MS; Avaliar o grau de conhecimento dos usuários do SUS sobre as arboviroses; Identificar quais ações de combate ao vetor são realizadas pelos usuários do SUS para o enfrentamento das arboviroses, e Avaliar a percepção dos profissionais de saúde que atuam nas estratégias de enfrentamento das arboviroses em relação ao combate do vetor. Trata-se de um estudo descritivo qualiquantitativo, onde foram aplicados dois questionários aos usuários do SUS e um questionário aos profissionais atuantes nas unidades de saúde do Itamaracá e Cidade de Deus. Observou-se que o conhecimento dos profissionais e usuários sobre a temática é satisfatório, condizendo com as ações de orientações realizadas pelos profissionais na região. Dos profissionais 52,9% acreditam que a falta de conscientização da população é o fator que mais influência ao aumento da incidência de arboviroses evidenciando um o discurso de culpabilização da população, considerando que essa resiste em se apropriar dos conhecimentos transmitidos para eliminar os focos do vetor. Quanto ao tempo de capacitações dos profissionais 39,7% afirmam que essas acontecem no período superior a 2 anos, o que leva a informações desatualizadas e incoerentes aos profissionais e consequentemente a população. Portanto, ambos grupos apresentam falhas e déficits quanto as ações de enfrentamento ao vetor, demonstrando que as campanhas são pontuais e geram resultados momentâneos, sendo necessário ações contínuas para que ocorra a sensibilização da população, e assim, gerar mudanças o cenário atual.