Influência da radiação ultravioleta no metabolismo secundário de Baccharis retusa (Asteraceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Cleiton Batista da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/38776
Resumo: Vários fatores bióticos e abióticos influenciam a biossíntese de compostos do metabolismo secundário das plantas. Estudos indicam que a incidência da radiação UV gera um alto estresse oxidativo nas espécies vegetais, e os danos causados pela radiação são reduzidos pela ativação de genes relacionados à via metabólica dos flavonoides. As espécies de Baccharis são encontradas em abundância em grandes altitudes e locais abertos, ou seja, com alta incidência solar e, consequentemente, alta radiação UV. Por esse motivo, flavonoides e compostos com potencial antioxidante são predominantemente encontrados nesse gênero. Estudos anteriores indicam que a indução da radiação UV nas folhas de arroz (Oryza sativa) leva à ativação das enzimas O-metiltransferase, principalmente para a produção de sakuranetina a partir da naringenina. A sakuranetina, encontrada naturalmente em Baccharis retusa, tem se destacado por sua presença expressiva nessas espécies vegetais e por suas atividades biológicas, como antimicrobiano, anti-inflamatório pulmonar, indutor de melanogênese, antiparasitário, entre outros. Devido à sua presença significativa na espécie mencionada e suas atividades biológicas, este estudo pretende verificar se o tratamento de B. retusa com radiação UV-C aumentaria a produção de sakuranetina. Para tanto a espécie foi mantida em cultivo normal e submetidas à radiação germicida UV-C (254 nm) em fluxo laminar. As folhas foram coletadas às 0, 24 e 48h de tratamento e às 24h e 48h de recuperação (após a interrupção do tratamento). Os extratos vegetais destas folhas foram analisados por UPLC/DAD-ESI/HRMS/MS, onde foi possível verificar que a exposição levou não somente a um aumento na produção de sakuranetina, como também da naringenina. Além do aparecimento dos compostos gelomulide N e ácido caura-9(11),16-dien-18-oico, e o desaparecimento, durante a fase de recuperação, do composto feoforbida A – relacionado com a destruição do sistema fotossintetizante. Tais resultados podem fornecer uma melhor compreensão do metabolismo de B. retusa, além de orientar estudos posteriores sobre a biossíntese de flavonoides metoxilados, especialmente a sakuranetina.