AS PLANTAS MEDICINAIS E AS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO EM CAMPO GRANDE, MATO GROSSO DO SUL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LARA, SANDRA DEMÉTRIO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31425
Resumo: Por ser um dos primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos antepassados, o uso de plantas medicinais acompanha o homem desde o início da civilização, tornando-as parte da história da humanidade, pois são utilizadas as mais variadas formas para o tratamento de agravos a saúde. Em Mato Grosso do Sul é comum o uso de plantas medicinais, por ser o estado brasileiro com a segunda maior população indígena, pela influência de sua colonização e dos países vizinhos. Aliado a este cenário é esperado que na formação acadêmica nos cursos de saúde do município, esteja inserido o uso das plantas medicinais e a fitoterapia, contemplando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, para que esses profissionais estejam aptos a atuar na Atenção Primária à Saúde no município de Campo Grande e demais regiões do estado. Diante do exposto este trabalho teve como objetivo analisar e identificar a inclusão do uso das plantas medicinais/fitoterápicos e as Práticas Integrativas e Complementares na Formação do Enfermeiro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o que está inserido na linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa e de cunho documental, por meio de análise de dados. Foram analisados os documentos do Conselho Federal de Enfermagem e Ministério da Saúde, além dos projetos pedagógicos dos cursos de enfermagem de cinco Instituições de Ensino Superior, no município de Campo Grande/MS. Constatou-se que nos cursos de enfermagem das instituições pesquisadas, não houve nenhuma alusão sobre a legislação que contempla as Práticas Integrativas e Complementares em saúde e sobretudo das 29 práticas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde, no texto do projeto pedagógico ou nas disciplinas oferecidas na grade curricular. Observou-se que duas instituições de ensino ofertam disciplinas relacionadas com as Práticas Integrativas e Complementares em saúde, com foco em plantas medicinais contemplando uma referência na ementa com este foco. Sobre a etnia afro-africana e comunidades tradicionais, todos os cursos (100%) possuem disciplinas obrigatórias ou eletivas com esta temática. Dentre os cursos, 80% possuem disciplinas que contemplam a cultura indígena e 40% apresentam influência portuguesa, em suas grades curriculares. Não há referência sobre a cultura dos países que fazem fronteiras com o Brasil. Os cinco projetos pedagógicos disponíveis, abordam sobre os determinantes Ambientais e Sociais da Saúde, o que poderia incluir as PICS em saúde, porém as bibliografias não fazem esta abordagem. Conclui-se que os Acadêmicos ao obter o título de bacharel em enfermagem não possuem contato formal com as PICS em saúde. Sendo assim, com os resultados obtidos, fica evidenciado que há uma deficiência das Instituições de Ensino Superior em atender as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. É necessário que as mesmas repensem suas práticas pedagógicas formando o enfermeiro generalistas e esperava-se que essas instituições introduzam gradativamente as práticas em seu projeto pedagógico, após as Resoluções e Normativas dos Ministérios da Saúde e da Educação.