Avaliação Química, EMBRIOTOXICIDADE E ATIVIDADE INIBITÓRIA de ACETILCOLINESTERASE de Norantea guianesis AUBL. EM Danio rerio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Lais Sousa do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67461
Resumo: Norantea guianensis Aubl. Conhecida popularmente como rabo de arara, é uma planta presente em diferentes biomas brasileiros, dentre eles, o Cerrado. É usada por comunidades indígenas como ansiolítico, para o tratamento de cefaléia, feridas ul cerosas e controle de febre. Neste contexto e devido aos poucos estudos cientificos com a espécie, o estudo visou determinar o perfil químico,toxicidade de extratos de caules e folhas de N. guianensis em embriões de Danio rerio e a atividade de acetilcolinesterase (AChE). O estudo segue a linha de Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável e o ODS-3 e ODS-14. A espécie vegetal (caules e folhas) foi coletada na região do Taboco, município de Corguinho/MS, foi seca, triturada e submetida à extração (etanol). Os perfis químicos dos extratos etanólicos foram determinados por reações colorimétricas, de precipitação e formação de espuma, por Cromatografia em Camada Delgada (CCD), com comparação dos fatores de retenção de diversos padrões, além da Cromatografia Líquida de alta Eficiência (CLAE) e Espectrofotometria de Ultravioleta Visível (UV-Vis). A embriotoxicidade dos extratos foram determinadas nas concentrações de 20, 40, 60, 80 e 100 mg/L e foram utilizados embriões de zebrafish fertilizados. A AChE foi determinada atraves da homogenização dos embriões em tampão Tris 10mM, sendo, ao final da reação, a concentração analisada com λmax = 412 nm, em espectrofotômetro. Os resultados demonstraram que concentrações letais (CL50) de 64,55 mg/L e 7,16 mg/L para os extratos etanólicos dos caules e folhas, respectivamente. Em ambos os extratos etanólicos foram evidenciadas as classes alcaloides, antraquinonas, cumarinas livres, taninos e saponinas porém no caule encontrou a predominância de compostos fenólicos e antraquinonas; já nas folhas, o teor de flavonoides e alcaloides foi alto, e inesistente a presença de glicídeos redutores. O extrato dos caules apresentou baixa toxicidade em relação ao extrato foliar, o qual aumentou os batimentos cardíacos, retardou o processo de eclosão dos ovos e demonstrou inibição da AChE. As malformações encontradas nos embriões foram edemas cardíacos, disrupturas no equilíbrio alterado, não reabsorção de saco vitelino e malformação espinal em diferentes concentrações. O resultado inédito do estudo revelou que os extratos etanólicos das folhas e caules de N. guianensis possuem potencial tóxico, causando 9 malformações e alterações no desenvolvimento dos embriões da espécie, destacando a inibição de AChE pelo extrato foliar da planta.