Impactos socioeconômicos e socioambientais no município de Joinville, Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: BRUSAMARELLO, Vanessa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/68747
Resumo: A região Sul do Brasil é conhecida por apresentar municípios que são referência em desenvolvimento local e conhecer em detalhes os motivos que os levaram a atingir tal patamar é relevante. Diante disso, o município de Joinville, Santa Catarina, com grande representatividade econômica nos setores industrial, agropecuária e turismo, se destaca como um polo de desenvolvimento. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desenvolvimento local de Joinville por meio de indicadores socioeconômicos, identificar os impactos do desenvolvimento econômico do bioma da Mata Atlântica no município e, analisar a vulnerabilidade socioambiental da microrregião de Joinville. Os objetivos estão relacionados à Linha de Pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável e contemplam os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável sobre Cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11). Os procedimentos metodológicos estão associados a pesquisa descritiva, qualitativa e documental de dados secundários de fontes oficiais. A análise do desenvolvimento local foi realizada por meio de indicadores socioeconômicos (2011 a 2022), como os Índices da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN: Educação, Saúde, Emprego e Renda), Produto Interno Bruto (PIB), PIB per capita, Valor Adicionado Bruto no PIB, abertura de empresas, remuneração e evolução do pessoal ocupado e assalariado. Os impactos do desenvolvimento econômico na Mata Atlântica foram avaliados por meio de dados do programa MapBiomas (uso e ocupação do solo) e plataforma TerraBrasilis, entre os anos de 2011 e 2022. Como resultados, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), Educação e Saúde apresentaram alto desenvolvimento, enquanto o índice Emprego e Renda baixou de “alto desenvolvimento” para “desenvolvimento moderado”, indicando a existência de desenvolvimento local. Os serviços e a indústria contribuem com a maior participação do Valor Adicionado Bruto, elevando o PIB e resultando em melhorias da saúde, educação e qualidade de vida. Ocorreu também o crescimento dos setores de serviços, indústria e impostos, contribuindo para o aumento do PIB e aumento da renda, evidenciado pelo aumento do PIB per capita. O número de empresas aumentou 129,2%, enquanto os empregos, a redução da população ocupada e o pessoal ocupado assalariado, indicando uma nova dinâmica na região. Em relação ao uso da terra, os resultados indicaram que ocorreram poucas alterações na classe Formação Florestal, Restinga Arborizada e Corpos d’Água. Por outro lado, ocorreu forte redução da classe Manguezal, Formação Natural não Florestal e agropecuária, enquanto Infraestrutura Urbana e Área não vegetada (inclui área urbana) cresceram, com a infraestrutura apresentando o maior crescimento e impactos ambientais a Mata Atlântica. A Análise dos Componentes Principais (ACP) evidenciou correlação significativa em relação às variáveis Formação Natural não Florestal, Agropecuária, Desmatamento e Água (2001 a 2010), enquanto entre 2017 e 2022, entre Produto Interno Bruto, População e Área não vegetada. Já Floresta não apresentou correlação com nenhuma outra variável, sendo 2011 a 2016 o período de maior variação.