Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Christiane Bueno Dall Agnol |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Tecnológico de Aeronáutica
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3377
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Resumo: |
A busca por novos materiais para fabricação de propelente é continua e atualmente estudos são direcionados a materiais com maior potencial energético. O polímero metil azoteto de glicidila (GAP) é um ligante promissor, conhecido como binder energético. O GAP possui em sua estrutura química grupos N3 que conferem calor de formação positivo a esse material, possibilitando a redução da quantidade de materiais oxidantes ou metais em formulações de propelente mantendo os valores de impulso específico semelhantes aos apresentados em propelente compósito convencional. Reações entre o GAP e diisocianatos formam poliuretanos, entretanto as propriedades mecânicas apresentadas por esses polímeros não tem se mostrado adequadas até esse momento. O baixo desempenho mecânico dos polímeros derivados de GAP e diisocianatos é conseqüência da estrutura química resultante, que tem se mostrado dependente da razão molar NCO/OH utilizada, entre outros fatores. A influência dessa variável na estrutura química de polímeros GAP/diisociantos ainda não é completamente entendida. Portanto, nessa dissertação de mestrado foram avaliadas as reações do GAP com diisocianatos, o diisocianato de tolueno (TDI) e o diisocianato de isofurano (IPDI), utilizando-se as razões molares NCO/OH 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5, na presença do catalisador dibutil dilaurato de estanho (DBTDL) Os polímeros resultantes, GAP/TDI e GAP/IPDI, foram avaliados por espectroscopia no infravermelho (FT-IR), teste de intumescimento em solvente, calorimetria exploratória diferencial (DSC) e termogravimetria (TGA). Os espectros de infravermelho dos polímeros GAP/diisocianato apresentaram absorções características de grupos uretânicos, confirmando a reação entre o GAP e os diisocianatos utilizados em todas as razões molares NCO/OH estudadas. Em polímeros contendo razão molar NCO/OH 2,5 foi possível detectar também a presença de grupos alofanato, que são formados quando há excesso de diisocianato no sistema. Os ensaios de intumescimento mostraram que ocorreu um aumento na fração gel dos polímeros com o aumento na razão NCO/OH, o que está relacionado à presença do grupo alofanato que atua como reticulante do material. Todos os polímeros apresentaram uma única transição vítrea obtida por DSC, observando-se um aumento nos valores dessa transição com o aumento da razão NCO/OH, indicando aumento de massa molar dos polímeros em relação ao GAP puro. Observou-se também um alargamento da transição vítrea com o aumento da razão NCO/OH, indicando a presença de heterogeneidade química no material, causada pela presença de grupos alofanatos e grupos uretânicos. Os polímeros obtidos com TDI apresentaram os maiores valores de Tg, o maior alargamento da transição vítrea, bem como os maiores teores de fração gel, o que pode ser explicado considerando-se a maior reatividade desse diisocianato quando comparado ao IPDI. A degradação dos polímeros acompanhada por TGA em atmosfera inerte apresentou o mesmo perfil para todos os materiais estudados, sendo nítida a liberação dos grupos N3 em torno de 200 C, com valores de entalpia da ordem 1800 J.g 1. A temperatura de ignição determinada por TGA ocorreu em torno de 230 C para todos os polímeros avaliados, não sendo influenciada pelo tipo de diisocianato ou pela razão NCO/OH utilizada. |