Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Melo, Rodrigo Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2776
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Resumo: |
Os leilões públicos realizados no Brasil para a contratação de nova geração de energia contam com a presença da geração eólica desde 2009. Nesses leilões os preços ganhadores estiveram sempre muito próximos ao preço teto estabelecido pelo agente regulador. Entretanto, a contratação de energia eólica nova no ambiente de contratação regulado (ACR) nos anos de 2017, 2018 e 2019 contou com deságios recordes associados a altos volumes de contratação. Os preços de energia eólica ficaram abaixo de valores ofertados por outras fontes tradicionalmente mais baratas e em valores reduzidos que beiraram recordes mundiais quando dolarizados, criando uma ruptura em relação a preços anteriores. Esta dissertação analisa os aspectos que influenciaram a forte redução dos preços dos geradores de energia eólica ganhadores nos leilões destes anos. Sua relevância se dá pela previsão da energia eólica ser a tecnologia de maior crescimento na matriz de geração elétrica nacional nos próximos 10 anos e porque o Brasil está preparando grandes leilões de infraestrutura e como regular e desenhar esses processos tem um papel fundamental no sucesso dessa iniciativa. O trabalho identifica como significantes diversos fatores intrínsecos a essa indústria tais como a melhor previsão do perfil dos ventos, equipamentos mais baratos, melhora no risco Brasil e do setor elétrico, mudança no volume e perfil dos ofertantes além do aumento de acesso a contratos no ambiente de contratação livre (ACL). Defende que o catalisador da ruptura nos preços transacionados no ACR pós 2017 é a nova sistemática de leilão, suportada por uma estabilidade regulamentar e na modalidade de contratos no âmbito do ACR que demonstra a mudança da postura do Órgão Regulador buscando a extração de margens dos agentes privados mediante a revelação de valores privados dos concorrentes. Para análise empírica foram usadas 706 propostas vencedoras nos leilões do ACR, dados de geração e comercialização no ACR e ACL, preços históricos de equipamentos, as capacidades e produtividades em diferentes estados brasileiros, além da concentração e perfil do setor de energia eólica no Brasil durante os anos de 2009 a 2018. |