A Crise Econômica no Brasil em 2015 e o Efeito no Emprego das Mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Marilia Nonato De Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2853
Resumo: Esta dissertação busca analisar como a crise de 2015 a 2017 no Brasil afetou o mercado de trabalho das mulheres analisando características socioeconômicas e do mercado de trabalho. Como base de dados, utilizamos os microdados da PNAD Contínua trimestral para os anos de 2012 a 2017, focando assim no período pré crise (de 2012 a 2014) e crise (2015 a 2017). Como método de estimação utilizamos o método de Kaplan e Meier (1958), em que realizamos uma análise individual de cada uma das características e, na sequência, o modelo desenvolvido por Cox (1972), em que fazemos uma análise onde é levado em consideração o efeito conjunto das variáveis. Como resultado, observamos que tanto em Kaplan e Meier quanto em Cox, mulheres pretas, chefes de família, mais jovens, que trabalham menos horas por semanas e que estão em setores cíclicos da economia como construção civil e alojamento foram as mais afetadas pela crise. Entretanto, o método de Kaplan e Meier diverge do modelo de Cox quanto a escolaridade. Enquanto o método de Kaplan e Meier aponta que a maior probabilidade de perder o emprego está relacionada às mulheres com ensino médio, o modelo de Cox aponta que o risco é maior para as com ensino superior. Este resultado é distinto do observado na literatura para outras crises, mas, pode apontar que essa crise, causada por questões estruturais da economia local, pode ter afetado de forma distinta as mulheres mais escolarizadas.