A evolução do Sistema de Pagamentos Brasileiro e o desaparecimento do cheque: realidade ou exagero?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Figueiredo, Rafael Paganotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/1124
Resumo: A intensa evolução do sistema de pagamentos brasileiro ao longo dos últimos anos pode ser atribuída tanto aos avanços tecnológicos, que vêm propiciando o aparecimento de instrumentos transacionais eletrônicos com tempo e risco de liquidação reduzidos, como às medidas legais estabelecidas pelo Banco Central na tentativa de reduzir o risco sistêmico de mercado e, dessa forma, melhorar a imagem do país no cenário internacional, favorecendo investimentos externos. Dentro desse contexto, tornou-se evidente o crescimento expressivo dos pagamentos com meios eletrônicos no mercado brasileiro, tanto no segmento de varejo como em setores predominantemente corporativos. Cartões de crédito e de débito e transferências interbancárias com efetivação intradiária estão se tornando cada vez mais íntimos dos consumidores e, principalmente, dos comerciantes brasileiros, que rapidamente se rendem à sua praticidade, agilidade e segurança. O "bom" e "velho" cheque, companheiro inseparável do brasileiro no século XX, parece estar perdendo seu espaço de maneira rápida e irreversível. Muitos até já consideram que seus dias estão definitivamente "contados". O objetivo do presente trabalho foi buscar uma resposta satisfatória para essa pergunta; tal busca foi perseguida tanto por meio da captura das tendências sinalizadas pelos dados históricos (do cheque e de seus principais "concorrentes") como pela identificação e análise dos fatores conjunturais e culturais representativos em relação ao uso do cheque. Os resultados finais comprovam que a evolução do sistema de pagamentos brasileiro tem tornado o cheque um instrumento de pagamento mais arriscado (mais predominantemente sob a ótica financeira do que sob a ótica transacional), pois os bons pagadores estão migrando fortemente para os cartões nas compras de baixo valor e para a TED nas de valor elevado. Ainda assim, não há indícios de que o cheque possa desaparecer no curto prazo (isto é, ao longo da próxima década).