O impacto da performance, tenure e cultura organizacional no turnover do CEO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Khouri Neto, Salim Georges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2720
Resumo: O objetivo do trabalho é analisar a relação de quatro variáveis: performance, tenure, cultura organizacional e turnover do CEO. Essa relação será avaliada através da análise do impacto que o tenure e a performance tem no turnover do CEO e do efeito moderador que a cultura organizacional exerce na relação entre a performance e o turnover. A cultura organizacional é avaliada através da análise de texto de documentos oficiais emitidos pela área de relacionamento com investidores das empresas, que utilizou como base a tipologia do Competing Value Framework. Para isso foi realizada uma regressão múltipla em painel em logit desbalanceado com efeito aleatório com dados de 251 empresas de capital aberto brasileiras entre os anos de 2009 e 2017. Não foi encontrada significância na relação entre performance e o turnover do CEO; já no caso do impacto do tenure na performance foi encontrada uma grande relação, quanto maior ele for, menor será a mudança do CEO. Já a cultura organizacional demonstrou impacto no turnover quando tem inclinações de controle e competição. A cultura de controle tem uma relação positiva com o turnover e a cultura de competição tem uma relação negativa com o turnover. Não foi identificada significância no efeito moderador da cultura organizacional na relação performance e turnover. O trabalho apresenta achados diferentes dos encontrados em estudos prévios em países desenvolvidos e reforça o contexto dos países emergentes, que tem uma dinâmica peculiar repleta de lacunas institucionais. Além disso, é possível se ter um maior entendimento da irrelevância da performance organizacional como ferramenta de monitoramento do desempenho do CEO da organização podendo ainda caracterizar o Brasil com um país com longos períodos dos CEOs nos cargos e consequentemente baixo turnover. Outro ponto importante é a caracterização da cultura organizacional brasileira, que tem grande inclinação para o controle com forte ênfase nos processos internos, na hierarquia e na definição clara de papeis e responsabilidades.