Estudos de casos de chuvas intensas no Estado de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Dirceu Luis Severo
Orientador(a): Nelson Jesus Ferreira, Manoel Alonso Gan
Banca de defesa: Satyamurty Prakki, Tércio Ambrizzi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação do INPE em Meteorologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Resumo em Inglês: The purpose of this study is to identify and determine the characteristics of meteorological systems that produce intense rains in the Itajai Valley (SC), which eventually cause flooding. A study of 21 cases, selected from the daily precipitation registered in the Itajai river basin, was carried out. Surface charts, satellite images and altitude data are used on grid points. Each of the cases is divided into early and mature phase according to the development of the synotic system. With these data and other derived parameters, the synotic systems in the lower and upper troposphere are identified. These systems are grouped according to common configurations, resulting in five groups with different situations that can produce intense rains. Group 1 presents a stationary frontal system over the South Region, sometimes undulating in the west of Santa Catarina. The permanence of this frontal system over the South Region is associated with the presence of a cyclonic vortex in the high levels of the Northeast Region that seems to block its displacement. In group 2, a cyclonic vortex in high levels crosses the Andes and approaches the South Region, generating rains, mainly at night. In group 3 a jet stream with an anticyclonic curvature was observed passing over Rio Grande do Sul. This jet stream induces vertical movements in the regions of entry and exit of the center of maximum velocities in the high levels, where transversal circuits are created that favor the convective development. In group 4, there is intense diffusion in the zonal flow of high levels during the mature phase of development of the episodes. In group 5, a frontal system passes through the South Region and goes back as a hot front, parking on Santa Catarina and Parana. As the hot front approaches, the convection is intensified and there may be frontogenesis. At low levels, for most episodes, the presence of a humid air flow originating in Central Brazil, and the convective power source that is triggered when dynamic mechanisms, such as frontal systems and cyclonic vortices, approach the Region South of Brazil.
Link de acesso: http://urlib.net/sid.inpe.br/MTC-m13@80/2005/08.26.17.51
Resumo: A finalidade deste estudo e identificar e determinar as características dos sistemas meteorológicos que produzem chuvas intensas no Vale do Itajaí (SC), as quais eventualmente provocam enchentes. E realizado um estudo de 21 casos, selecionados a partir da precipitação diária registrada na bacia do rio Itajaí. São utilizadas cartas de superfície, imagens de satélite e dados de altitude em pontos de grade. Cada um dos casos e dividido em fase inicial e madura de acordo com o desenvolvimento do sistema sinótico. Com estes dados e outros parâmetros derivados, são identificados os sistemas sinóticos na baixa e alta troposfera. Esses sistemas sao agrupados de acordo com configurações comuns, resultando em cinco grupos com situações diferentes que podem produzir chuvas intensas. O grupo 1, apresenta um sistema frontal estacionário sobre a Região Sul, as vezes ondulando no oeste de Santa Catarina. A permanência deste sistema frontal sobre a Região Sul esta associada a presença de um vórtice ciclônico nos altos níveis da Região Nordeste que parece bloquear o seu deslocamento. No grupo 2, um vórtice ciclônico nos altos níveis cruza os Andes e aproxima-se da Região Sul, gerando as chuvas, principalmente a noite. No grupo 3 observou-se uma corrente de jato com curvatura anticiclônica passando sobre o Rio Grande do Sul. Esta corrente de jato induz movimentos verticais nas regiões de entrada e saída do centro de velocidades máximas nos altos níveis, onde são criadas circulações transversais que favorecem o desenvolvimento convectivo. No grupo 4, ocorre intensa difluência no escoamento zonal dos altos níveis durante a fase madura de desenvolvimento dos episódios. No grupo 5, um sistema frontal passa pela Região Sul e retrocede como frente quente, estacionando sobre Santa Catarina e Paraná. Conforme a frente quente aproxima-se, a convecção e intensificada podendo haver frontogênese. Nos baixos níveis, para a maioria dos episódios, a presença de um fluxo de ar úmido que se origina no Brasil Central, e a fonte alimentadora da convecção que e disparada quando mecanismos dinâmicos, tais como sistemas frontais e vórtices ciclônicos aproximam-se da Região Sul do Brasil.