Distribuição geográfica, história natural e conservação da ararajuba (guarouba guarouba - psittacidae).
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11824 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4734327U5 |
Resumo: | A ararajuba (Guarouba guarouba) é uma espécie de psitacídeo endêmica da Amazônia brasileira e ameaçada de extinção. Poucos estudos têm sido feitos com essa espécie na natureza, principalmente nos últimos anos. Este estudo visou descrever e analisar a distribuição geográfica da ararajuba e levantar informações sobre sua biologia na região do Parque Nacional da Amazônia (PNA), oeste do Pará, a fim de subsidiar medidas de proteção da espécie. Levantei e analisei os registros de ocorrência da espécie por período de tempo e modelei a distribuição. Também conduzi observações na região do PNA durante o ano de 2007. A área de ocorrência da ararajuba foi reduzida nos últimos anos em pelo menos 40% em relação à distribuição original. Os modelos gerados evidenciaram importância da vegetação e do clima na ocorrência da espécie. A ararajuba se limita a uma porção menos úmida do bioma amazônico numa interface de relevo ondulado entre as planícies baixas e a borda do planalto central. Na região do PNA, a ararajuba foi encontrada em grandes bandos de tamanho variável, mas o número de indivíduos que pernoitem juntos permanece o mesmo ao longo dos dias. Localmente, a espécie é comum e fiel aos sítios reprodutivos e alimentares. A população estimada para a região é de pelo menos 484 indivíduos. A dieta é diversificada, mas não oportunista. Todos os ninhos encontrados estavam em áreas abertas sujeitas à alta perturbação humana. Não encontrei evidência de dependência quanto à espécie arbórea ou àestrutura da árvore necessária para nidificação. Os ninhos continuaram sendo usados como dormitório durante o período não-reprodutivo. Há indício de baixa taxa reprodutiva associada ao complexo sistema social e reprodutivo, em que possivelmente apenas o casal dos grandes bandos é reprodutivamente ativo, e à suposta preferência por pastagens recém-formadas e vegetação secundária. A ararajuba ainda sofre de perseguição para venda ilegal e pelo desmatamento contínuo. A distribuição coincide com o arco do desmatamento , o que põeem sérios riscos o futuro da espécie. Iniciativas de procura por populações na porção oeste da distribuição foram endossadas pelas previsões da modelagem e novas pesquisas deverão focar na sociabilidade e preferências de habitat para melhor entender a vulnerabilidade desse emblemático psitacídeo brasileiro. |