Estrutura e evolução de frentes frias intensas na região amazônica brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Amorim Neto, Alcides de Castro
Orientador(a): Satyamurty, Prakki
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12943
http://lattes.cnpq.br/2095519556544958
Resumo: Algumas características observadas dos casos de frentes frias sobre a Bacia amazônica durante dez anos, no período de 2001-2010, são descritas. A precipitação e a subsequente queda de temperatura em Manaus (3°S, 60°W) associada com a passagem de frentes frias acontecem dois dias depois de serem observadas em São Paulo. Uma média de chuvas de 34 mm no dia da passagem da frente sobre a Bacia amazônica no verão austral e de 38 mm durante o inverno austral, são valores substancialmente elevados em relação aos dias que antecedem e sucedem o evento (aproximadamente 5 mm dia-1). A queda de temperatura mínima é menor quando comparada com a temperatura máxima, que é de cerca de 8ºC em 48 horas observadas em Manaus. As anomalias de vento em baixo nível ao sul de 10°S sobre a Bolívia, Paraguai e Sul do Brasil associadas aos sistemas frontais, durante o verão austral, mostram correntes de ar frio do sul. O desenvolvimento de um cavado invertido na baixa troposfera sobre o continente nos subtrópicos faz com que os ventos de sul se fortaleçam e cheguem à Bacia Amazônica. Um cavado extratropical em escala sinótica em 850 hPa ao sul de 30°S no Atlântico Sul se desloca de 40°W a 30°W em dois dias. A alta troposfera apresenta uma circulação anômala ciclônica fechada com seu centro ao longo da costa sul do Brasil. A convergência de fluxo de umidade sobre a bacia amazônica durante a passagem de frentes frias é mais intensa que a climatologia, e dessa forma contribui para a ocorrência de chuvas fortes. A precipitação e a queda de temperatura associados com frentes frias na Bacia amazônica apresentaram uma baixa correlação, o que dificulta o estudo desses fenômenos sinóticos na região amazônica. As simulações realizadas utilizando o modelo regional Eta, mostraram que, tanto a parametrização convectiva Betts-Miller (BM) quanto Kain-Fritsch com fluxo de momento (KFm) apresentam uma boa consistência no padrão observado, simulando de forma satisfatória a variação diurna das variáveis meteorológicas. Todavia, nenhuma delas mostrou-se melhor em relação à outra, alternando-se entre subestimativas e superestimativas. A função frontogenética mostrou um bom diagnóstico do caso de friagem estudado, indicando satisfatoriamente as áreas frontogenéticas e frontolíticas.