Ecologia espacial e comunicação vocal de Ariranhas (Pteronura brasiliensis) no Pantanal
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12234 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778149Y0 |
Resumo: | Ariranhas vivem em grupos coesos, que defendem ativamente territórios, durante a estação seca. Durante o período de inundação, a ecologia espacial da espécie é pouco é conhecida, quando acredita-se que os grupos abandonam seus territórios. Grupos de ariranhas são coesão e territoriais, indicando que a espécie utilize um elaborado sistema de comunicação vocal, para garantir a estabilidade e comunicação dentro e entre os grupos. O presente estudo teve como objetivos gerais: 1) descrever o padrão de atividade de grupos de ariranhas no Pantanal; 2) estimar o tamanho de área de vida e o padrão de seleção de habitat de grupos de ariranhas em um ambiente sazonal; 3) compreender os efeitos da sazonalidade no tamanho de território e de territórios exclusivos, e do comportamento territorial de grupos de ariranhas; 4) descrever o repertório vocal da espécie, relacionando os tipos sonoros com o contexto comportamental em que foram emitidos; 5) testar se sons de alarme apresentam características acústicas potenciais para codificação individual. Dez grupos de ariranhas foram monitorados através de observações diretas entre junho de 2009 e junho de 2011 nos rios Vermelho e Miranda, e outros sete grupos foram monitorados no rio Negro entre setembro de 2009 e junho de 2011. Três machos adultos de diferentes grupos foram monitorados com rádio-telemetria entre novembro de 2009 e junho de 2011 na primeira área de estudo. Armadilhas fotográficas foram armadas em locas e latrinas ativas de oito grupos de ariranhas nas duas áreas de estudo, a fim de registrar atividades em ciclos de 24-h. Vocalizações e o comportamento dos emissores foram gravados ao longo das campanhas. Os grupos apresentaram um padrão de atividade crepuscular e diurno, mas 31% dos registros de armadilhas fotográficas ocorreram no período noturno. A área de vida dos grupos foi de 4 a 59 vezes maior no período chuvoso e alguns grupos abandonaram seus territórios durante a inundação. Alguns grupos sobrepuseram os limites de seus territórios com grupos vizinhos. O tamanho dos territórios foi correlacionado com o tamanho do grupo em ambas as estações. O tamanho dos territórios exclusivos foi negativamente relacionado com a pressão de intrusos. O repertório vocal da espécie foi classificado em 15 tipos sonoros emitidos em diferentes contextos. Sons de alarme variaram significativamente entre grupos e indivíduos, com uma discriminação maior entre fêmeas e machos, o que pode estar relacionado ao tamanho corporal dos emissores e, consequente dimorfismo sexual. |