Abundância natural de N em solos e folhas de áreas de campina e campinarana da reserva biológica da campina – INPA, região de Manaus, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mardegan, Sílvia Fernanda
Orientador(a): Higuchi, NIro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12025
http://lattes.cnpq.br/3770706279979377
Resumo: Formações vegetais de areia branca são caracterizadas por apresentar estrutura e funcionamento diferenciado em relação à floresta densa de terra-firme. Também apresentam uma menor disponibilidade de N e uma ciclagem mais fechada. O objetivo deste trabalho foi investigar os aspectos da ciclagem do nitrogênio em campinas e campinaranas, utilizando a abundância natural de 15 N de folhas e solos ocorrentes em um gradiente campina – campinarana – floresta densa, na Reserva Biológica de Campina – INPA, Manaus – AM. Foram medidas as abundâncias naturais de 15 N em solos e em oito espécies árboreas que co-ocorrem nestas formações vegetais. As seguintes hipóteses foram levantadas: se a variação da fisionomia das formações vegetais influencia na composição isotópica das espécies; se há variação nos valores apresentados pelas formações vegetais sobre areia branca, indicando a utilização de diferentes estratégias para a obtenção de N; e quanto a abundância natural de 15 N desta vegetação difere em relação à floresta densa. Epífitas vasculares (Araceae, Bromeliaceae e Orchidaceae) que se desenvolviam nas árvores estudadas também tiveram suas composições isotópicas medidas, para comparar suas assinaturas às de suas hospedeiras e determinar quais as possíveis fontes de nitrogênio. Os valores de δ 15 N das espécies arbóreas estudadas foram muito semelhantes aos observados em outros ambientes limitados por N, variando de -9,6 a +1,6 ‰. Aldina heterophylla Spruce ex Benth (Caesalpiniaceae) apresentou valores mais enriquecidos do que as espécies não- leguminosas, que puderam ser divididas em dois grupos. Isto pode ser indício da utilização de fontes de N em diferentes profundidades, bem como da utilização de N oriundo da associação com fungos micorrízicos. Foi observado um enriquecimento progressivo nas assinaturas isotópicas das espécies na campinarana. Os baixos valores observados demonstram que a pluviosidade e a temperatura não são os únicos fatores influenciando a composição isotópica destas formações vegetais. Os valores de δ 15 N das epífitas foram mais enriquecidos do que os de suas hospedeiras, também sendo divididos em grupos de acordo com a principal fonte de N utilizada. A utilização de fontes diferenciadas parece ser uma estratégia comum tanto para as epífitas como para as árvores, uma vez que ambas se desenvolvem em ambientes nutricionalmente estressantes.