A importância de fatores bióticos no estabelecimento de propágulos em floresta secundária na Amazônia central

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Pinto , Marcelo de Figueiredo Pissurno Motta
• Orientador(a): Mesquita, Rita de Cássia Guimarães
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Ecologia
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12110; http://lattes.cnpq.br/1407568611146488

A implantação de pastagem é a principal atividade que contribui para o desmatamento na Amazônia brasileira, gerando perdas incalculáveis na biodiversidade de fauna e flora, onde o histórico de uso define a trajetória de sucessão na regeneração após o abandono dessas áreas. O repetitivo uso de fogo para limpeza e manutenção das pastagens muito contribuiu para perda do banco de sementes e plântulas, rebrotos e indivíduos remanescentes. Este processo favorece espécies pioneiras capazes de suportar tamanho distúrbio, principalmente as do gênero Vismia. Nestes ambientes a sucessão é dificultada pela dominância de espécies pioneiras arbóreas, baixa diversidade vegetal, ausência de animais dispersores e grande presença de animais predadores, limitando tanto a chegada de sementes de matriz circundante quanto ao estabelecimento de plântulas. Muito ainda precisa ser entendido no que diz respeito aos processos de sucessão secundária nessas florestas. Portanto este estudo descreveu e entendeu como e quais fatores influenciaram e/ou impediram três espécies arbórea da mata madura (Hymenaea courbaril, Ormosia excelsa e Parkia multijuga) germinar e estabelecer em áreas de capoeiras dominadas por Vismia na Amazônia central. Para isso foi feita uma semeadura direta na capoeira sob 3 diferentes tratamentos, com proteção de tela de mosquiteiro, enterradas e expostas sobre a serrapilheira, com o intuito de excluir a predação de sementes por médios e grandes animais vertebrados terrestres. Confuso Outro experimento com mudas das mesmas espécies, com e sem proteção de tela de galinheiro, também foi montado com o objetivo de avaliar a predação e herbivoria de grande vertebrados em estágio de plântulas. O uso de tela foi crucial na proteção de sementes, pois sem proteção houve bastante consumo de sementes. No entanto a predação de sementes foi diferente entre as 3 espécies estudadas, sendo que foi maior em Parkia, seguida de Hymenaea e Ormosia. Já na fase de plântulas a tela de galinheiro não teve diferença significativa entre espécies, possivelmente porque animais invertebrados foram os principais responsáveis pela predação de folhas (herbivoria). O alto consumo de sementes e plântulas parece dificultar a sobrevivência nas fases iniciais de estabelecimento de propágulos da mata madura e explicam a ausência de um maior número de espécies arbóreas da floresta madura regenerando neste ambientes.