Alteração da cobertura florestal e biomassa em área de manejo florestal no Estado do Acre integrando dados de campo e sensores remotos
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4983 http://lattes.cnpq.br/7250980918375600 |
Resumo: | A exploração madeireira praticada a partir dos princípios do manejo florestal é uma estratégia de gestão promissora para a conservação da biodiversidade e sequestro de carbono na Amazônia. Entretanto, os métodos de controle atualmente utilizados são insuficientes para monitorar com frequência e em grande escala a ocorrência de áreas de exploração de madeira. Foi mapeada uma área de floresta tropical sob manejo florestal na Floresta Estadual do Antimary no estado do Acre para avaliar o potencial de detecção dos impactos produzidos por operações florestais (estradas e pátios) a partir de diferentes níveis de aquisição de dados: campo, aéreo e orbital. As estradas e pátios foram mapeados em campo com aparelhos de GPS. A imagem-fração Vegetação Não-Fotossintética (NPV) obtida do modelo de mistura das imagens Landsat dos anos 2009 a 2015 processadas no programa CLASlite foram utilizadas para mapear as estradas florestais e pátios instalados dentro da área explorada. Imagens RapidEye dos anos 2012 a 2015 também foram analisadas para identificar áreas alteradas por corte seletivo. Dados LiDAR aerotransportado foram utilizados para obter o modelo de densidade relativa de vegetação e identificar a área explorada. O mapeamento da exploração madeireira na área usando classificação automática e interpretação visual, mostrou, respectivamente, áreas com 398 ha e 1.428 ha. A exatidão global foi estimada em 0,50 ± 0,060 para a classificação de imagens Landsat e 0,788 ± 0,149 para a classificação das imagens RapidEye. A área de exploração madeireira subestimada de acordo com os dados de referência foi de 4.537 ha (Landsat) e 705 ha (RapidEye). O tamanho dos pátios influenciou a detecção pelo Landsat, pois foi possível detectar somente 40% dos pátios mapeados em campo, enquanto 98% dos pátios foram detectados pelo LiDAR. A média da área dos pátios detectados foi de 435 m2 enquanto que a dos pátios não detectados foi de 302 m2, havendo diferença significativa na detecção em função do tamanho dos pátios (t = -4,0076, df = 38, p≤0,01). O monitoramento das parcelas permanentes mostrou as diferenças de estoque de cobertura florestal antes e após a exploração. Estes resultados enfatizam a necessidade de pesquisas relacionadas ao manejo florestal para entender a variabilidade espacial das estradas e pátios até então detectadas por sensoriamento remoto. Enquanto o GPS é recomendado para mapear com maior confiabilidade a infraestrutura florestal, dados LiDAR e Landsat também são eficazes para quantificar remotamente a extensão dos impactos da exploração em florestas tropicais, subsidiando a gestão e o monitoramento florestal. |