A Síndrome das florestas vazias e a importância dos pequenos fragmentos para a conservação dos anfíbios
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12000 http://lattes.cnpq.br/7547022604300763 |
Resumo: | O planeta está passando por uma perda de biodiversidade sem precedentes, tanto que é considerado como o sexto evento de extinção em massa. Os maiores condutores para este declínio de espécies são a perda e a fragmentação de habitat, que vem afetando todos os ecossistemas naturais, especialmente as florestas tropicais. Os anfíbios são particularmente sensíveis à fragmentação e perda de habitat e muitas espécies são restritamente florestais. Nós avaliamos 22 fragmentos de Mata Atlântica no sudeste do Brasil, entre 5 e 1570 hectares, com a finalidade de avaliar o potencial de pequenos fragmentos serem uteis para a conservação de anuros e determinar se este grupo de animais também tem desaparecido de áreas maiores, implicando na defaunação de fragmentos florestais. Para cada fragmento foram amostrados o número de indivíduos, riqueza e composição de espécies nas assembleias de anuros em relação a área, heterogeneidade de habitat e qualidade da vegetação. A estruturação da composição de anuros nas assembleias e guildas foi testada em relação aos gradientes de heterogeneidade, qualidade da vegetação e tamanho dos fragmentos florestais, buscando padrões de perda de espécies (aninhamento) ou substituições de espécies (turnover). Não foram observadas relações entre as variáveis dos fragmentos com o número de indivíduos ou padrões de estruturação para as espécies considerando toda a assembleia de anuros. Entretanto, quando analisamos separadamente em guildas, considerando espécies restritamente florestais e espécies com alta capacidade de dispersão na paisagem, os efeitos sobre a estrutura das assembleias foram distintos. Nossos dados indicam que o número de indivíduos na assembleia ou guildas não foi afetado pela área, heterogeneidade ou qualidade do habitat, sugerindo que em cada fragmento existem recursos para suportar um mesmo número de indivíduos. A assembleia considerando todas as espécies e a guilda restritamente florestal apresentou uma diminuição do número de espécies e essa foi associada apenas a variável qualidade do habitat. A composição de espécies em ambas as guildas, apresentaram padrões de estruturação diferenciados. A guilda restritamente florestal apresentou um padrão de aninhamento em relação qualidade da vegetação, heterogeneidade de habitat e área dos fragmentos, em quanto que a guilda vágil apresentou um padrão de “turnover” apenas em relação a qualidade do habitat. Concluímos que espécies restritamente florestais dependem de um maior conjunto de fatores para manutenção de suas populações em fragmentos florestais, como a área do fragmento, qualidade e heterogeneidade do habitat. Enquanto, a presença de espécies com amplo deslocamento na paisagem é definida pela qualidade do fragmento. Neste cenário, muitos fragmentos pequenos suportaram um número relativamente alto de espécies restritamente florestais quando comparados a fragmentos maiores, mas com maior grau de degradação, demostrando a importância que estes fragmentos têm para a conservação de muitas espécies. Além disso, alguns fragmentos apresentaram defaunação total de espécies restritamente florestais e em alguns casos até mesmo de toda a assembleia de anuros, se tornado fragmentos vazios. |