Variação geográfica em cor e morfometria em três espécies de aves ao longo do interflúvio Purus madeira, Amazônia ocidental
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11932 http://lattes.cnpq.br/0468314646940812 |
Resumo: | Caracteres de cor e morfometria em muitos grupos de organismos variam com a localização geográfica de suas populações, resultando em variabilidade fenotípica intraespecífica. Embora haja muitos casos já conhecidos de variação geográfica intraespecífica, sobretudo em caracteres acústicos em aves amazônicas, há ainda poucos estudos sobre o tema e ainda muito se especula sobre os fatores determinantes da mesma. Partindo disso, testamos se há variação em cor e morfometria em três espécies de aves amazônicas: Gymnopithyssalvini, Willisornis poecilinotus (Thamnophilidae) e Lepidothrix coronata (Pipridae) ao longo do interflúvio Purus-Madeira. Em seguida, testamos se mecanismos adaptativos ou estocásticos estão associados à organização dos padrões fenotípicos dessas espécies no interflúvio. Para tal, tiramos medidas colorimétricas da plumagem e morfométricas de machos e fêmeas de 11 localidades ao longo da BR-319. Inserimos, então, as medidas das variáveis colorimétricas e das variáveis morfométricas em duas análises distintas de componentes principais (PCA), e utilizamos modelos lineares generalizados (GLMs) para correlacionar os valores dos escores da PCA de caracteres de cor e morfometria com a variação ambiental (composição de espécies de aves e área basal de árvores) e geográfica (localização geográfica em latitude) ao longo do interflúvio. Em todas as três espécies estudadas, encontramos variação em cor, em brilho e em morfometria entre as localidades amostradas, sendo que em machos da espécie L. coronata a variação em cor apresentou a forma de clina. Somente fêmeas de G. salvini e de W. poecilinotus apresentaram correlação entre a variação em cor e a variação em morfometria entre as localidades estudadas, sugerindo que, de um modo geral, a cor é provavelmente mais lábil que a morfometria e que a expressão destes dois tipos de caracteres é independente e, aparentemente, sujeitas a diferentes mecanismos geradores de variação. Ainda, nas três espécies estudadas mecanismos adaptativos e estocásticos estiveram associados com a evolução dos traços fenotípicos estudados reforçando os indícios de que a ambos processos não são excludentes e podem atuar juntos sobre traços do fenótipo. |