Simulação do aumento da temperatura, baseada em um cenário de mudança climática, sob o comportamento do banco de sementes de uma floresta secundária, na região de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Isabela Maria Souza
Orientador(a): Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5206
Resumo: As mudanças climáticas se apresentam como uma ameaça para a floresta Amazônica e sua biodiversidade. Alguns modelos climáticos preveem para o período de 2071-2100 (em relação a de 1961-1990), que o maior aquecimento ocorrerá na Amazônia, com aumento na temperatura de 4 a 8 ° C (cenário - mais catastrófico). O crescente desflorestamento da região contribui para o agravamento da situação, pois o aumento da temperatura é causado também pela exploração das florestas primárias e consequente aumento na extensão das florestas secundárias, onde uma das principais via de regeneração, após esse desflorestamento, é o banco de sementes do solo. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi simular diferentes regimes de temperatura no comportamento germinativo das sementes armazenadas no solo de florestas secundárias na região de Manaus, baseando-se em um cenário climático de aquecimento global. Nas áreas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) localizado ao Norte de Manaus, foram coletados amostras de solo com 3 cm de profundidade em seis áreas de florestas secundárias. Essas amostras foram homogeneizadas e o acompanhamento da emergência e desenvolvimento das plântulas foi realizado em câmaras com temperatura controlada por quatro meses. Foram simuladas as condições de temperatura atual, tanto constante (25°C) quanto alternada (20:30°C), e as temperaturas projetadas pelo modelo climático com aumento da temperatura de 5°C e 10°C, sendo temperatura constante de 30°C e 35°C e temperatura alternada de 25:35°C e 30:40°C, respectivamente. As temperaturas alternadas simulavam as oscilações entre temperaturas diurnas e noturnas. Como previsto para sementes de espécies pioneiras, houve maior número de plântulas emergidas nas temperatura alternada do que nas temperaturas constantes. A maior densidade de plântulas e velocidade de emergência ocorreu nas temperaturas alternadas sob condições atuais (20:30°C) e 5 °C a mais (25 :35 °C), no entanto houve uma redução drástica nas temperaturas extremas (30:40 °C). Porém, mesmo as temperaturas alternadas que apresentaram maior densidade não foram sufucientes para eliminar a necessidade de luz para germinação das sementes, mostrando que o banco de semente neste experiemento pode ser classificado como fotoblástico positivo. Os resultados indicam que a regeneração vegetal pelo banco de sementes do solo pode reduzir significativamente com aumento das temperaturas previsto pelos modelos de mudanças globais.