Disponibilidade e eficiência no uso de nutrientes em florestas secundárias sob diferentes níveis de alteração na região de Santarém e Belterra, Amazônia Oriental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Brunello, Alexandre Tadeu
Orientador(a): Manzi, Antonio Ocimar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5119
http://lattes.cnpq.br/5138387082734243
Resumo: Nós avaliamos a disponibilidade e a eficiência no uso de nutrientes em florestas exploradas (EXP), exploradas e queimadas (EXPQ) e em florestas em regeneração após corte-raso (CR), comparando-as com florestas sem modificações antrópicas detectáveis (PRI) situadas na Floresta Nacional do Tapajós. Para tal, os solos foram amostrados seguindo o protocolo padrão do Projeto RAINFOR. Com a finalidade de compreender a complexa dinâmica do fósforo nessas florestas, foi utilizado o fracionamento sequencial de fósforo (Hedley, 1982). Além disto, a eficiência no uso de nutrientes foi abordada através da metodologia utilizada por Vitousek (1982, 1984). A soma de bases nos solos, embora não tenha se diferenciado estatisticamente (p > 0,05), tende a ser maior onde houve a ocorrência de fogo, o que por sua vez reflete em valores de pH mais elevados nas florestas EXPQ e CR (4,36 ± 0,25 e 4,36 ± 0,21 , respectivamente). Nitrato, K trocável e a fração de fósforo Po NaOH se correlacionaram positivamente com a produção de serapilheira (ρ = 0,67; ρ = 0,52; ρ = 0,35, respectivamente), sugerindo que, possivelmente, esses nutrientes estão fortemente associados com a produtividade dessas florestas. Não encontramos diferenças nos teores nem na distribuição das frações de fósforo no solo quando analisadas isoladamente ou em combinação (p > 0,05). A eficiência no uso do fósforo (EUP) não foi diferente entre as florestas estudadas (p > 0,05). Há fortes indícios de que as florestas aqui estudadas estão limitadas por fósforo, haja visto os baixos teores deste elemento no solo, bem como seu baixo retorno anual via serapilheira e a alta eficiência com que as florestas ciclam o nutriente, independentemente das alterações na cobertura vegetal. Embora ainda seja possível observar um gradiente de eficiência no uso nitrogênio (p < 0,05), sobretudo nas áreas que sofreram os impactos mais drásticos (CR), o suprimento de nitrogênio no solo, aparentemente, se aproxima das condições naturais, algum tempo decorrido desde os distúrbios.