Incorporação de fabáceas ao substrato de plantio para controle da podridão-de-escleródio (Sclerotium rolfsii Sacc.) em cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Laborda, Laysa de Paiva
Orientador(a): Coelho Netto, Rosalee Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5308
http://lattes.cnpq.br/4541064238214868
Resumo: O cultivo do cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), no Amazonas, é limitado pela alta incidência da doença podridão-de-escleródio causada por Sclerotium rolfsii Sacc. A incorporação de material vegetal ao substrato de cultivo altera a microflora presente nesse substrato, tanto pelo aumento do teor de matéria orgânica, quanto pela liberação de substâncias, durante a decomposição desse material vegetal, que podem ser tóxicas, ou benéficas, a diferentes microrganismos presentes no substrato. A matéria orgânica incorporada aumenta, também, o teor de nutrientes disponíveis para a planta. O trabalho objetivou avaliar o potencial de controle da podridão-de-escleródio em cubiu por meio de incorporação, ao substrato de cultivo, de biomassa fresca triturada de quatro espécies de fabáceas: Erythrina fusca e Senna reticulata, nativas da Amazônia, e Desmodium heterocarpon e Gliricidia sepium, exóticas. O isolado de S rolfsii foi obtido de plantas de cubiu com sintomas da doença e multiplicado em arroz autoclavado. A infestação do substrato (argissolo: esterco de galinha, 2:1 ) foi feita com a incorporação de 10 g de arroz colonizado.L- 1 de substrato, em vasos preenchidos com 8 L de substrato, mantidos em viveiro. Após 20 dias da infestação, foram incorporadas 40 g da biomassa das fabáceas.L-1 de substrato. As mudas de cubiu, aos 90 dias da semeadura, foram transplantadas para os vasos uma semana depois da incorporação das fabáceas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições e sete tratamentos: quatro espécies de fabáceas e três testemunhas, sem a incorporação de biomassa. Em uma das testemunhas não houve infestação do substrato e em duas, o substrato foi infestado, sendo que em uma, as plantas foram pulverizadas (9 mL.planta-1) duas vezes, com intervalo de 50 dias, com fungicida (Viper 700®, tiofanato metílico, 0,49 g do i.a.L-1 de água). Outro experimento foi realizado avaliando-se o efeito de doses de G. sepium incorporadas ao substrato. O experimento teve delineamento inteiramente casualizado e três repetições, com seis tratamentos: incorporação de 40, 80, 120 e 160 g de G. sepium.L-1 de substrato e duas testemunhas sem incorporação de G. sepium sendo que em uma, as plantas foram tratadas com fungicida. Neste, os vasos tiveram 6 L de substrato infestado com a mesma dosagem de inóculo do experimento anterior. Em ambos os experimentos foi avaliada a incidência da doença e a densidade do inóculo no substrato. No primeiro experimento, os dados da área abaixo da curva de progresso da doença foram submetidos à ANOVA e as médias, comparadas pelo teste Tukey. No segundo experimento os dados foram submetidos à análise de regressão. No primeiro experimento as fabáceas não diferiram do fungicida na redução da incidência da podridão-de-escleródio e na supressão do patógeno. No segundo experimento, a redução da incidência da podridão-de-escleródio foi proporcional ao aumento da dose de G. sepium, apresentando 100% de controle com a incorporação de 139 g de G. sepium.L-1 de substrato. A dose de 142 g reduziu a população de S. rolfsii no substrato em 20%.