Efeitos da seca sobre os estoques de carbono no solo e suas frações em um experimento de exclusão de chuva na Amazônia oriental
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12680 http://lattes.cnpq.br/5556259782497983 |
Resumo: | Durante as últimas décadas, os possíveis impactos da seca se tornaram primordiais para o entendimento sobre a ciência ambiental na Amazônia. Os efeitos da seca sobre as funções e estrutura do ecossistema na Amazônia são potencialmente grandes, mas permanecem mal definidos. Os estoques de C nos solos são muito sensíveis às mudanças em condições ambientais, como alterações de clima, produtividade vegetal ou mudança no uso da terra e experimentos conduzidos na Amazônia tem tentado excluir uma grande quantidade de chuvas em áreas florestadas em períodos de 7-10 anos. Dentro do escopo de um destes experimentos, foi avaliada a influência de seca extrema simulada na Amazônia nas alterações do estoque de carbono no solo até dois metros de profundidade através de uma amostragem intensiva de solo e fracionamento da matéria orgânica em duas parcelas de 1 hectare, sendo uma controle e uma submetida a exclusão de aproximadamente 50% da chuva. Quatro frações da matéria orgânica do solo que compõem os reservatórios ativos e lentos foram separadas. Para melhor representar a área de estudo, 40 perfis de solo foram coletados e analisados para carbono, sendo então organizados em cinco grupos (grupos O, X, I, II e III) de acordo com a variância estatística da concentração do C observada no perfil vertical do solo nas duas áreas de pesquisa. Em seguida, perfiz semelhantes foram agrupados e amostras compostas foram utilizadas para o fracionamento da matéria orgânica, sendo feita uma média ponderada levando em conta a frequência de cada grupo. Em relação ao estoque de carbono no perfil amostrado (0-200 cm), percebeu-se que o estoque médio de C é maior na parcela seca, com um valor de 106,1 ± 1,8 Mg. C/ha, tendo a parcela de controle um estoque 100,6 ± 2,5 Mg C/ha, sendo encontrada diferença marginalmente significativa (probabilidade de 7%) entre elas (T test: t = 1,82, p=0,07). Observa-se, porém, que as diferenças nos estoques foram significativas se observadas por profundidade, com a camada entre 20-100 cm correspondendo a maior parte da diferença. Aproximadamente 82% da diferença entre os estoques pode ser atribuido a adição de novo material particulado ao solo (fração leve livre). A avaliação das mudanças sofridas pelos diferentes componentes do ciclo de carbono florestal sugerem que as alterações observadas nos estoques de C entre as áreas esteja relacionada a uma maior taxa de reposição de raízes no solo da parcela submetida à seca. |