Conservação de variedades locais de melão caboclo (Cucumis Melo linnaeus) por agricultores familiares da Amazônia Ocidental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leão, Jane Maciel
Orientador(a): Noda, Hiroshi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5343
http://lattes.cnpq.br/1202719985402268
Resumo: O cultivo de variedades locais de melão (Cucumis melo L.) pelos agricultores familiares da Amazônia exerce um papel socioeconômico importante em vista de sua contribuição na alimentação humana e geração na renda monetária aos agricultores familiares. Por outro lado, o incentivo à comercialização e cultivo de cultivares industrializadas pelas empresas sementeiras, em detrimento do “melão regional”, pode estar causando o desuso e desaparecimento das variedades locais de melão. O cultivo das variedades locais de melão regional pelos agricultores familiares da Amazônia exerce um papel fundamental no tocante à conservação da diversidade genética da espécie, mas poucos estudos têm sido realizados com respeito a esse recurso genético. Desse modo, este estudo teve por objetivo, estimar, por meio de simulação, os efeitos genéticos ocorridos em uma população de melão da variedade local Bom Intento em função do processo de cultivo e conservação realizado pelos agricultores familiares. Os resultados mostraram que, levando-se em conta que as maiores magnitudes de variabilidade genética relacionadas aos caracteres morfológicos e agronômicos ocorrerem entre progênies de meios-irmãos, concluiu-se que o processo de seleção efetuado pelos agricultores familiares, não provoca restrição da variabilidade genética das populações. O processo de seleção e manejo praticado pelos agricultores, aliado às práticas de doação e trocas de sementes, formando uma rede de compartilhamento, além de permitir que as variedades cultivadas se adaptem às diversas condições locais, proporciona ao agricultor a autossuficiência em sementes.