Sistemática de Gyrinus geoffroy, 1762 (Coleoptera: Gyrinidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Colpani, Daniara
Orientador(a): Hamada, Neusa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12376
http://lattes.cnpq.br/6998770061553811
Resumo: Gyrinus Geoffroy, com mais de 200 espécies descritas, possui distribuição mundial e está dividido em quatro subgêneros, três deles ocorrem na região Neotropical: G. (Gyrinus), G. (Neogyrinus) e G. (Oreogyrinus). A maioria dos trabalhos sobre espécies de Gyrinus neotropicais refere-se a descrições antigas, pouco detalhadas, sem ilustrações e foi publicada até meados do século XX. As descrições originais contêm caracteres variáveis, como por exemplo, coloração, e a maioria delas não retrata as variações presentes em espécies de ampla distribuição. As espécies de Gyrinus da região Neotropical nunca foram revisadas e, esse fato sempre foi abordado por outros autores com a indicação da necessidade e urgência para realizar essa revisão, especialmente pela presença de muitos sinônimos e identificações errôneas no grupo. Dessa forma, os objetivos desse trabalho foram: revisar as espécies, descrever espécies novas, testar a validez dos subgêneros G. (Neogyrinus) e G. (Oreogyrinus) por meio de um método cladistico, associar adultos e imaturos mediante técnicas moleculares e/ou criação em laboratório e descrever os imaturos associados incluindo análise de quetotaxia das larvas e informações bionômicas sobre o grupo. No capítulo I é apresentada a revisão de G. (Neogyrinus) e G. (Oreogyrinus), com informações sobre distribuição e hábitat, e também é fornecida uma chave dicotômica para os machos de G. (Neogyrinus) e G. (Oreogyrinus). Foram redescritas todas as espécies G. (Neogyrinus) e G. (Oreogyrinus), novos sinônimos foram estabelecidos, a espécie incertae sedis (G. galapagoensis) foi transferida para G. (Oreogyrinus). No capítulo II, a validez de G. (Oreogyrinus) e G. (Neogyrinus) foi testada por meio de uma análise filogenética e a relação destes com os demais subgêneros foi hipotetizada. Para este propósito 50 caracteres relacionados à morfologia externa e interna foram analisados. Gyrinus (Neogyrinus) foi recuperado como um grupo monofilético ao contrário de G. (Oreogyrinus) que foi recuperado como um grupo não natural, com espécies alocadas em um mesmo clado que G. (Gyrinus). De acordo com os resultados e discussão é proposto que este seja considerado sinônimo de G. (Gyrinus). No capítulo III, imaturos e adultos de G. (Neogyrinus) rozei Ochs foram associados através de criação em condições de laboratório e associação por meio de técnicas moleculares, possibilitando a descrição morfológica de ovos, três estádios larvais e a pupa dessa espécie. Uma espécie de Melanosmicra sp. (Hymenoptera: Chalcididae) foi registrada como parasitoide de pupas de G. (Neogyrinus) rozei. No capítulo IV, uma nova espécie, Gyrinus (Oreogyrinus) rhyssonotum Colpani, Benetti & Hamada, 2019 foi descrita para o norte do Amazonas. Desta forma, de acordo com os resultados deste estudo, as alterações taxonômicas propostas e a espécie nova descrita, Gyrinus passou a ter 43 espécies neotropicais válidas. A análise filogenética evidenciou que G. (Oreogyrinus) é parafilético e é sinonimizado com G. (Gyrinus). Também os imaturos de G. (Neogyrinus) rozei são descritos pela primeira vez com a inclusão de informações bionômicas.