Ocorrência de aves diurnas em matas primárias e secundárias na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11979 http://lattes.cnpq.br/7171325089233993 |
Resumo: | A crescente substituição de áreas de mata primária por capoeiras evidencia a importância de se entender o papel de florestas secundárias como hábitat para animais de floresta. Cinco revisões recentes sobre o tema indicam que espécies florestais ocorrem em matas secundárias, porém é necessário aumentar a abrangência espacial para refinar conclusões sobre o uso desse tipo de vegetação. O objetivo do trabalho foi comparar a ocorrência de 72 espécies de aves em florestas primárias e secundárias na Amazônia Central. Mais especificamente, testar previsões espécie-específicas sobre diferenças de ocorrências em florestas primárias e secundárias. A coleta de dados foi realizada com uso de gravadores autônomos em 151 pontos, sendo 44 em floresta secundária e 107 em floresta primária. Para analisar os dados, utilizou-se modelos hierárquicos multi-específicos, considerando de maneira explícita a detecção imperfeita. De maneira geral os resultados não corroboraram as hipóteses prévias de ocorrência para cada grupo de espécies. O grupo com espécies hipoteticamente neutras em relação à ocorrência na capoeira foi o mais afetado, apresentando uma probabilidade de ocorrência 0.2 menor em floresta secundária do que em primárias. Nossos dados indicam que as espécies do grupo que hipoteticamente teria menor ocorrência em floresta secundária, na verdade ocorrem em floresta secundária, mas com detecção menor nesse ambiente. Baseado em nossas estimativas posteriores para ocorrência e detecção de cada espécie, propusemos novos grupos: espécies favorecidas pela floresta secundária, espécies que ocorrem mais em floresta primária, e espécies para as quais faltam conhecimentos biológicos. Este trabalho evidencia o potencial das florestas secundárias como hábitat para espécies de florestas primárias, destacando assim, a importância de leis que assegurem a proteção de florestas secundárias. |