Desmídias (chlorophyta) de um lago de inundação de águas pretas na Amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Karla Ferreira de
Orientador(a): Melo, Sérgio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12704
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770709T1
Resumo: A região amazônica apresenta grande quantidade de ambientes aquáticos influenciados pelo pulso de inundação, nos quais se observa uma elevada riqueza de organismos aquáticos, entre os quais destacam-se as desmídias, organismos favorecidos pelas características das águas pretas amazônicas que apresentam reduzidos valores de pH e de condutividade elétrica. Este trabalho teve por objetivo realizar um inventário taxonômico das desmídias da região limnética do lago Cutiuaú, um lago de inundação de águas pretas localizado no Parque Nacional do Jaú, em diferentes períodos do ciclo hidrológico, dos anos de 2002-2004, e verificar a influência dos períodos do ciclo hidrológico na riqueza específica de desmídias. Para tanto, foram coletadas 109 amostras com rede de plâncton com 25 μm de abertura de malha em10 estações de amostragens. As amostras foram fixadas com solução Transeau e observadas posteriormente em microscópio óptico. No momento das coletas foram medidos os valores de profundidade, temperatura da água, condutividade elétrica e transparência da água. O ambiente estudado caracterizou-se por apresentar uma grande variação de profundidade, baixos valores de pH e condutividade elétrica e elevados valores de temperatura da água (27,0 - 31,7°C). Foram identificados 105 táxons de desmídias, sendo 73% identificados em nível específico e 27 % em nível infraespecífico. A família Desmidiaceae foi a que apresentou maior riqueza de espécies, 85, acompanhada da família Closteriaceae com 17 espécies e a família Gonatozygaceae apenas uma. O gênero Staurastrum Meyen foi o que apresentou o maior número de espécies, 19, seguido por Staurodesmus Teiling com 13, Euastrum Ehrenberg e Micrasterias Agardh com 10 espécies cada. Temporalmente o período de enchente apresentou o maior número de táxons, 98, seguido pelo período de vazante com 51 táxons. O período de águas altas presentou 39 táxons e o período de águas baixas 23. Das 105 espécies registradas para este estudo 26 são primeira citação de ocorrência para o estado do Amazonas.