Dinâmica de populações e metapopulações de Mesoclemmys vanderhaegei (Testudines: Chelidae) na bacia do alto rio Paraguai, Brasil

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Brito, Elizângela Silva de
• Orientador(a): Vogt, Richard Carl
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11500; http://lattes.cnpq.br/2352362962073756

Este estudo teve como objetivo avaliar a estrutura populacional e metapopulacional de Mesoclemmys vanderhaegei na bacia do alto rio Paraguai entre novembro de 2010 e agosto de 2013 em duas Unidades de Conservação de proteção integral (Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, PNCG; Estação Ecológica Serra das Araras, EESA). Avaliamos a população com relação às taxas de captura e recaptura, densidade, razão, dimorfismo sexual, sobrevivência, recrutamento e dinâmica de metapopulações. Posteriormente, avaliamos as probabilidade de sobrevivência anual aparente e taxas de recrutamento, finalizando com a avaliação e entendimento da dinâmica de metapopulações de M. vanderhaegei em três escalas espaciais. Para tais análises populacionais utilizamos o método de captura-marcação-recaptura ao longo de nove amostragens. Capturamos 300 indivíduos (77 PNCG e 223 EESA) e recapturamos 343 nas duas áreas. As taxas de recaptura foram altas quando comparadas a outros estudos, e a maior densidade foi registrada em corpo d’água lêntico. A razão sexual esteve desviada apenas na EESA, sendo a favor das fêmeas. O dimorfismo foi detectado em sete de 34 variáveis morfológicas, incluindo variáveis relacionadas ao tamanho dos indivíduos, a ponte, a cabeça e a cauda. Ambas as subpopulações apresentaram taxas de crescimento populacional acima de 1, indicando crescimento, mesmo que lento e as probabilidades de sobrevivência foram baixas quando comparadas a outras espécies de quelônios, principalmente relacionada a espécies que não sofrem, teoricamente, grande pressão de origem antrópica. A análise da dinâmica de metapopulação mostrou que o modelo de efeito resgate foi o que mais influencio a estrutura de metapopulações com a variável ocupação sendo a maior preditora de colonização e extinção nas três escalas espaciais analisadas.