Crescimento e características funcionais de espécies florestais em plantio para a recuperação de área perturbada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guimarães, Zilza Thayane Matos
Orientador(a): Ferreira, Marciel José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5139
http://lattes.cnpq.br/1394134452333065
Resumo: O cenário atual do desflorestamento na Amazônia Legal é representado por um total de cerca de 42 milhões de hectares de áreas alteradas somente entre 1988 e 2016. A revegetação destas áreas a partir de programas de reflorestamento pressupõe adequada seleção das espécies. O sucesso no estabelecimento inicial (sobrevivência e crescimento) das espécies em áreas perturbadas depende do desempenho dos processos funcionais que afetam as taxas de crescimento. O objetivo foi investigar como as características funcionais explicam a variação de crescimento de espécies florestais plantadas em área perturbada após agricultura abandonada e remoção da vegetação. As taxas de crescimento relativo em altura (TCR-a) e diâmetro (TCR- d) e as características funcionais foram analisadas em oito espécies florestais nativas (Bombacopsis macrocalyx, Cedrela odorata, Ceiba pentandra, Endlicheria anomala, Hymenaea courbaril, Ochroma pyramidale, Tachigali vulgaris e Trattinnickia rhoifolia) 15 meses após o plantio. T. vulgaris, T. rhoifolia e O.pyramidale tiveram as maiores taxas de crescimento relativo em altura e diâmetro, enquanto B. macrocalyx teve o menor crescimento. TCR-a e TCR-d foram em média 2,5 vezes maiores para a espécie de crescimento mais rápido (T. vulgaris) em relação à espécie de crescimento mais lento (B. macrocalyx). Características morfológicas (área foliar e massa foliar específica) e fisiológicas (potencial hídrico, teores foliares de nutrientes e clorofilas) que normalmente são associadas às taxas de crescimento relativo das espécies, não foram fortes preditores da variação de crescimento das oito espécies aqui estudadas. Os melhores preditores foram: fotossíntese máxima (A max ), eficiência instantânea no uso do carbono (EUC) e eficiência fotossintética no uso dos macronutrientes, especialmente fósforo (EUP). As taxas de crescimento aumentaram com o aumento A max , EUC e EUP. A variação média das taxas de crescimento explicada pelas três características funcionais individuais (A max , EUC e EUP) foi cerca de 25%. A relação observada entre o crescimento e as características funcionais pode aprimorar a seleção de espécies florestais nativas para a composição de modelos de plantios em programas de reflorestamento de áreas perturbadas.