Padrões de distribuição e fatores condicionantes da riqueza e composição de opiliões na várzea do Rio Amazonas Brasil (arachnida: opiliones)
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12226 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769648E3 |
Resumo: | Entender que processos influenciaram a diversificação de espécies na Amazônia tem sido um dos grandes objetivos de muitos cientistas. Entretanto, este parece ser um processo complexo e seus principais fatores devem variar em diferentes grupos taxonômicos. A Amazônia sofreu uma série de intensas modificações ao longo de 90 milhões de anos, e fatores geológicos, históricos e ecológicos tiveram um importante papel na configuração atual de sua biodiversidade. Muitas teorias foram propostas e há controvérsias até o presente. Neste estudo procuramos investigar se as variações na composição, riqueza e abundância de espécies de opiliões podem ser influenciadas pelo gradiente de distância geográfica e pelos gradientes estruturais da paisagem, medidos pelas porcentagens de florestas alagadas e secas, de área alagada, de campos, terra-firme, e do índice de heterogeneidade do relevo. Avaliamos os padrões de distribuição das espécies de opiliões ao longo do gradiente geográfico, e as probabilidades de distribuição de 7 espécies em função de variáveis climáticas de temperatura e precipitação, da altitude e o stress hídrico. A presença do rio Negro como um limite de distribuição de espécies de opiliões também foi investigada. A área de estudo é a várzea do Solimões Amazonas, especificamente a calha da várzea. Os ambientes de várzea foram amostrados por meio de um transecto longitudinal de 3.200km, de Tabatinga, no estado do Amazonas até Gurupá, no Pará. Foram estabelecidas de quatro a oito parcelas de 150 m2 para a captura de opiliões (30 x 5 m), e a coleta foi feita usando batedores de vegetação e coleta manual noturna. A comunidade de opiliões da várzea do Solimões Amazonas foi separada em duas zonas biogeográficas marcadas pela entrada do rio Negro, que marca uma zona de ruptura na similaridade das espécies. Apesar dos fatores estruturais da paisagem terem exercido influências no padrão de distribuição em duas zonas, essa variação está fortemente relacionada com o gradiente geográfico, fator de maior influência sobre o padrão apresentado, por meio de efeitos diretos e indiretos sobre a estrutura da paisagem e sobre a comunidade. Os modelos preditivos de distribuição por máxima entropia corroboram o padrão de distribuição das espécies amostradas e sugerem também distribuições em duas zonas para as espécies testadas. |