Variação interanual da composição das assembléias de peixes em quatro micro-bacias do nordeste paraense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bastos, Douglas Aviz
Orientador(a): Deus, Cláudia Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11254
http://lattes.cnpq.br/0907642517022928
Resumo: A região Amazônica apresenta a maior bacia hidrográfica do mundo. Esta é formada por um incontável número de pequenos riachos, conhecidos regionalmente como igarapés. São ambientes diversos, pois percorrem configurações climáticas, topográficas, vegetacionais e biogeográficas distintas, sendo facilmente influenciados por condições locais. Essa combinação de fatores influencia a composição da comunidade de peixes, que varia de acordo com a complexidade de micro-habitats oriunda das características estruturais dos igarapés. Outro fator importante para a composição da ictiofauna, nesses ambientes, é a variação temporal. Atualmente, a maioria dos trabalhados em igarapés que levam em consideração esses aspectos foram realizados na Amazônia Central. Os igarapés da Amazônia Oriental ainda são pouco estudados e sofrem historicamente com pressões antrópicas. O presente trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro teve como objetivo principal avaliar a variação interanual e os fatores ambientais que influenciam as assembleias de peixes em quatro bacias do nordeste paraense. Foi possível observar que a abundância e a diversidade de espécies variaram significativamente entre os igarapés de cada bacia e entre os anos. As variáveis ambientais não tiveram uma distinção clara entre as bacias e entre os anos. No entanto, estas tiveram uma forte relação na composição da ictiofauna. No segundo capítulo é apresentada uma lista de espécies com a fauna de peixes de cinco bacias do nordeste paraense. Neste trabalho foram registradas sete novas ocorrências para a área, além de 23 espécies novas. Um número surpreendente por se tratar da porção amazônica com o mais longo histórico de colonização e com considerável acúmulo de estudos faunísticos. Essas informações são importantes para o conhecimento ictiofaunistico da região, além de servir de base para o gerenciamento e conservação das espécies encontradas em pequenos igarapés, um tipo de ambiente especialmente vulnerável a alterações antrópicas.