Dinâmica do escoamento de ar acima e dentro de uma floresta tropical densa sobre terreno complexo na Amazônia : aspectos observacionais e de modelagem
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12590 http://lattes.cnpq.br/4296569674280871 |
Resumo: | Este estudo foi dividido em duas partes: uma observacional e a outra de modelagem. No estudo observacional foram utilizados dados provinientes de uma campanha de campo conduzida em 2006 na Reserva Biológica do Rio Cuieiras – ZF2, próxima à cidade de Manaus-Amazonas, com o objetivo de descrever o escoamento abaixo do dossel, e determinar sua relação com o vento acima da floresta. Foram medidos gradientes horizontais e verticais de temperatura do ar, e de vento durante as estações seca e chuvosa de 2006. Os resultados indicaram, de uma maneira geral, que a frequência de ventos, tanto acima quanto abaixo da copa, é maior na estação chuvosa alcançando 73,5% e 84% de ocorrência respectivamente. Observou-se também, um padrão de escoamento abaixo da floresta, persistente e sistemático, sobre a área de encosta, subindo durante a noite e descendo durante o dia e desacoplado com o ar acima da copa, esse padrão de escoamento é inverso ao padrão clássico de escoamento vale-montanha. A média do gradiente vertical de θv foi negativa durante a noite e positiva durante o dia em ambas as estações. Evidenciando que a topografia e estrutura térmica no interior da floresta é a responsável por esse padrão de escoamento reverso ao longo da encosta. Na segunda parte, foi avaliado a perfomance do modelo analítico de Yi et al. (2005, 2008) em estimar o perfil de vento no interior de florestas em área inclinada. Os valores de alguns parâmetros foram extraídos da literatura e foi desenvolvida uma equação para estimar o perfil vertical do coeficiente de arrasto. O comportamento do perfil do vento ao longo do dia e da noite mostrou uma clara atenuação do topo para o interior da floresta de forma parecida de um filtro passa alta. A componente dependente da topografia e do regime térmico dentro da floresta, claramente predomina durante a noite e tem maior influência no perfil nos níveis mais baixos. Vale notar que nos níveis inferiores da floresta, os perfis previstos apresentaram durante a noite (valores negativos) as características observadas de escoamento de drenagem, subindo a inclinação em baixos níveis da floresta e descendo logo na camada acima e a 15 metros de altura. |