Composição e estabilidade temporal de assembleias de peixes em igarapés de cabeceira na bacia do rio Xingu
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/16261 http://lattes.cnpq.br/6529303299273295 |
Resumo: | A bacia amazônica abriga um complexo sistema de pequenos cursos d’água, conhecidos regionalmente como igarapés. Esses pequenos igarapés são altamente dependentes da disponibilidade de chuvas em suas áreas de drenagem, o que os tornam sensíveis às mudanças ambientais em curso no planeta. Estudos recentes indicam que a ictiofauna amazônica apresenta uma baixa resistência e resiliência às mudanças climáticas, sendo sensível a mudanças climáticas abruptas, como secas extremas, e graduais, como o aumento da precipitação e da frequência de tempestades. Diante da fragilidade dessa ictiofauna e dos modelos climáticos que preveem o aumento da frequência e intensidade de eventos extremos, torna-se fundamental identificar os efeitos desses eventos sobre essas assembleias para a elaboração de estratégias eficientes de conservação. Neste estudo, verificamos se existem diferenças na composição das assembleias de peixes de igarapés de terra firme perenes entre os períodos de seca e chuva, e avaliamos os efeitos da interrupção de fluxo causada por uma forte seca sobre a ictiofauna de 12 igarapés de terra firme da bacia do rio Xingu, na Amazônia Oriental brasileira, entre 2012 e 2014. No final do período seco do primeiro ano de amostragens, seis desses igarapés secaram completamente ou ficaram reduzidos a poças desconectadas. Verificou-se que as assembleias de peixes dos igarapés perenes apresentam estabilidade na sua estrutura ao longo do tempo, não diferindo entre os períodos de seca e chuva. Por outro lado, as assembleias de peixes dos igarapés que secaram tomaram uma nova configuração após a interrupção temporária do fluxo. A maioria das mudanças detectadas foram transitórias, no entanto, algumas persistiram após a retomada do fluxo. Em conjunto, esses resultados indicam que eventos de secas fortes podem alterar a composição de espécies de peixes de igarapés de cabeceira, e que tais mudanças podem persistir em médio prazo (anos). |