Padrões de distribuição de plantas ao longo de gradientes ambientais na Amazônia Central: uma comparação entre duas paisagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pansonato, Marcelo Petratti
Orientador(a): Costa, Flávia Regina Capellotto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11873
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4102468P8
Resumo: Embora exista uma extensa literatura sobre padrões de distribuição de plantas em florestas tropicais e suas relações com variáveis ambientais, tais estudos não levam em conta que seus resultados podem depender em grande parte da amplitude de variação ambiental presente nos sítios amostrados e que dentro da variável preditora principal, um ou mais gradientes podem também ser importantes em definir associações de espécies. Leguminosas arbóreas e pteridófitas terrestres foram amostradas em duas áreas, cada uma com cerca de 25 km2 de tamanho e separadas por ~150 km. Ambas as áreas possuem características topográficas similares. Uma área possui apenas solos pouco férteis, enquanto a outra possui uma grande amplitude de fertilidade do solo, pois está localizada no contato entre dois substratos geológicos distintos. Análises de Coordenadas Principais (PCoA) foram utilizadas para ordenar as parcelas com relação as suas dissimilaridades e Árvores de Regressão Multivariada (ARM) para visualizar de maneira hierárquica os preditores ambientais definindo grupos composicionais. Na área com solos menos férteis, a textura do solo foi a variável ambiental mais importante para definir a composição de espécies enquanto que na área com maior amplitude de fertilidade, a soma de bases trocáveis foi o determinante principal das diferenças na composição de espécies dos dois grupos de plantas estudados na mesoescala. Para as árvores, dentro de certos valores das variáveis principais, a inclinação do terreno aparece como importante estruturadora da composição. Para as pteridófitas, importantes diferenças de composição foram encontradas dentro dos valores mais baixos da variável principal. Na escala regional, a fertilidade dos solos foi o gradiente principal para os dois grupos de plantas estudados, embora a textura do solo tenha sido um importante preditor para as pteridófitas. Neste estudo, fica claro que ao generalizar padrões de comunidades vegetais, devemos levar em conta que a heterogeneidade das paisagens pode mudar de maneira imprevista e que a importância de cada preditor estudado tende a ser condicionada à sua amplitude da variação.