Taxonomia e biogeografia do gênero Neotropical Aganacris Walker, 1871 (Orthoptera: Tettigoniidae: Phaneropterinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sovano, Rafael Segtowick da Silva
Orientador(a): Morais, José Wellington de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12393
http://lattes.cnpq.br/0782811113748782
Resumo: Ao longo dos últimos 50 anos, o gênero Aganacris, passou por diversas alterações em sua taxonomia e apesar dos trabalhos publicados, quase nada se sabe sobre as condições ambientais que possam influenciar seus padrões de distribuição, bem como, a real ocorrência desse gênero. Neste estudo foram analisados os caracteres morfológicos das espécies pertencentes ao gênero Aganacris a fim de atualizar sua taxonomia. A partir de ferramentas como a microscopia eletrônica de varredura e morfometria, foi possível analisar com maior precisão a morfologia das espécies que compõem este gênero. Como método complementar de análise, também foram tomados os espectros infravermelho dos exemplares, sendo este fundamental para a correta associação sexual entre indivíduos. Também foi realizada uma análise de distribuição potencial para o grupo, visando investigar os padrões de distribuição existentes para Aganacris além de, discutir a sobreposição de nichos de suas espécies. Os resultados mostraram significativa diferença morfológica entre os machos e também, entre as fêmeas levando assim a considerar uma nova condição taxonômica do gênero. Através deste estudo, a espécie Aganacris sphex (Rehn), é revalidada e sua fêmea é descrita pela primeira vez. Os modelos de distribuição potencial por sua vez, revelaram padrões de distribuição para cada uma das espécies que compõem o gênero, além de, indicar as variáveis ambientais que mais influenciaram nos modelos propostos. As análises revelaram que A. velutina (Kirby) está relacionada a regiões de florestas tropicais e vegetação arbustivas naturais de maior altitude, enquanto que, Aganacris sphex (Rehn) estaria relacionada a áreas de vegetação aberta e Aganacris nitida (Perty) associado à matas mais fechadas. Não houveram espécies novas para descrição durante este estudo, contudo novos caracteres foram adicionados às redescrições propostas por Grant (1958), juntamente com a elaboração de chaves de identificação separadas para machos e fêmeas de Aganacris, os novos caracteres diagnósticos propostos foram acrescentados a estas, juntamente com ilustrações, tornando a identificação mais objetiva e precisa. Foi constatada também, a capacidade do infravermelho (NIRS) em reproduzir padrões fenotípicos (variação intraespecífica) e espaciais de isolamento geográfico (variação interespecífica) em populações de Aganacris, sendo este método pela primeira vez empregado como auxílio para a resolução de uma problemática taxonômica.