Efeito do reisolamento de fragmentos florestais sobre a dinâmica temporal de assembleias de peixes de Igarapés na Amazônia Central Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Gualberto, Claudia Gemaque
Orientador(a): Deus, Cláudia Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11349
http://lattes.cnpq.br/2886224409397943
Resumo: Tanto o desmatamento quanto a fragmentação florestal são perturbações ambientais que provocam numerosas consequências já registradas para comunidades de plantas e animais terrestres. Entretanto, os efeitos desses fenômenos são pouco conhecidos em sistemas aquáticos e especialmente para assembleias de peixes de igarapés. O Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) vem estudando os efeitos da fragmentação florestal há mais de três décadas. Para isso, fragmentos florestais isolados experimentalmente têm que ser reisolados periodicamente, e esse evento de perturbação ambiental previsível e controlado é a chave para este trabalho que visou avaliar os efeitos do reisolamento de fragmentos florestais sobre a estrutura e composição de assembleias de peixes em igarapés de terra firme na Amazônia Central brasileira. Buscamos especificamente: i) avaliar os efeitos do reisolamento de fragmentos florestais sobre as características ambientais de igarapés; ii) avaliar a estrutura das assembleias de peixes de igarapés em diferentes matrizes ambientais antes e após o reisolamento e iii) Verificar o grau de estabilidade ecológica das populações de peixes de igarapés submetidas ao reisolamento. As coletas foram realizadas em igarapés de quatro ambientes (floresta contínua, secundária madura, fragmento florestal e capoeiras), antes e após o reisolamento dos fragmentos florestais (curto prazo – um mês e médio prazo – seis meses). O reisolamento de fragmentos florestais afetou as características ambientais dos igarapés, contudo, a estrutura das assembleias de peixes (riqueza, diversidade e abundância) não apresentaram diferenças temporalmente e espacialmente. Os resultados sugerem que as assembleias de peixes podem resistir parcialmente às perturbações ambientais resultantes do reisolamento, sem que se afastem de um ponto de equilíbrio (resiliência). Entretanto, não é possível descartar a hipótese de que alterações nas assembleias de peixes venham a ocorrer em uma escala de tempo maior, compatível com o tempo geracional desses organismos.