Características fisiológicas e conteúdo de óleos voláteis em folhas de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) em diferentes períodos de precipitação, na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4951 http://lattes.cnpq.br/7521525837134034 |
Resumo: | Na floresta amazônica, o pau-rosa (Aniha rosaeodora Ducke) destaca-se por ser uma espécie arornática com grande valor comercial, sobretudo, pelas propriedades físico químicas de seu óleo rico em linalol. No entanto, a despeito da importância do pau-rosa, ainda existe pouco conhecimento quanto à fisiologia e as características bioquímicas dessa espécie. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi investigar as variações nas características fisiológicas e nas concentrações de óleos voláteis e linalol em folhas de árvores de pau-rosa em resposta a diferentes períodos de precipitação. O experimento foi conduzido em dez árvores (± 40 anos) do plantio na Reserva Florestal Adolpho Ducke, durante o período de maior (abril) e menor (setembro) precipitação, no ano de 2005. As variáveis analisadas foram: potencial hídrico foliar do antemanhã (4^am) e ao meio-dia (4^md), curv:i pressão-volume, concentração dos carboidratos. teor de nutrientes, concentração de pigmentos cloroplastídicos, trocas gasosas, teor do óleo volátil e de linalol nas folhas. As plantas de pau-rosa apresentaram maiores valores do potencial hídrico durante o período chuvoso com média do ^am de -0,07 MPa e do de -0,21 MPa; durante o período de menor precipitação, os resultados foram de -0,49 MPa e -2,02 MPa, respectivamente. Nesse período, os potenciais osmóticos em turgescência nula (S^o) e em turgescência plena (4^mo) também apresentaram diminuição, correspondente a -0,26 e de -1.81 MPa. respectivamente, em relação ao período chuvoso. Esse ajuste osmótico pode ter sido utilizado pelas plantas como uma estratégia para a melhor absorção de água durante o período de menor precipitação, em parte, explicado pelo aumento no teor dos açúcares solúveis foliares observado no mesmo período. Nas folhas de pau-rosa, a concentração de nitrogênio (N) não variou, enquanto que foi observado maiores teores de fósforo (P) e de potássio (K) durante o período de menor precipitação, o que pode estar relacionado à manutenção dos processos fundamentais como a respiração, fotossíntese e na regulação osmótica, respectivamente. Ao contrário do P e K, durante esse período, ocorreu diminuição na concentração de cálcio (Ca) e de magnésio (Mg). Quanto aos micronutrientes, não foram observadas diferenças nas concentrações. A concentração da clorofila a diminuiu no período seco. não ocorrendo diferença quanto ao teor da clorolila b. A diminuição da clorofila a pode estar relacionada à degradação desse pigmento durante o período mais seco, assim como devido a diminuição de Mg foliar. O valor da taxa de fotossíntese (A) do pau-rosa foi superior cerca de 34.2%. durante o período chuvoso, em relação ao período seco. A respiração (Rd), ao contrário da A, aumentou durante o período de menor precipitação. Por outro lado, oouve uma diminuição na condutância estomática (gs) e. conseqüentemente, a taxa de transpiração (E) apresentou o mesmo comportamento, com diminuição de 46,2%. As taxas de transporte de elétrons (Jmaxu,,) e a taxa de carboxilação (Vcu./) não variaram entre os diferentes períodos. No entanto, a fotorrespiração (Pr) aumentou durante o período de menor precipitação, provavelmente para dissipar o excesso de energia. A eficiência do uso da água (EUA) e a eficiência intrínseca do uso da água (ElUA) também aumentaram, comportamento esse favorável à planta, uma vez, que as reduções da E e da gs ocorreram em maior proporção do que a diminuição da A. Quanto ao rendimento do óleo volátil, este foi menor no período chuvoso, correspondendo a 2,1%. enquanto que no período dc menor precipitação tbi igual a 2.4%. Ao contrário do óleo, o maior teor de linalol foi observado na folha durante o período chuvoso, com diferença de aproximadamente 15,3%. Desta forma, confirmando a hipótese original, plantas de pau-rosa desenvolveram características fisiológicas de adaptabilidade em relação aos diferentes períodos de precipitação, particularmente, na regulação osmótica e no controle da condutância estomática, assim também para a síntese do óleo. podendo ser uma estratégia de proteção ao estresse hídrico ou uma provável relação com o aumento de fósforo foliar. |