Influência combinada dos rios como barreira e do gradiente de inundação nos padrões biogeográficos de anfíbios e répteis Squamata no sudeste da Amazônia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11996 http://lattes.cnpq.br/6715306333036653 |
Resumo: | A histórica busca pelo reconhecimento dos padrões e processos evolutivos de organismos amazônicos visando reconstruir a história evolutiva desta paisagem megadiversa levou à diversas hipóteses. Com o avanço nas técnicas de amostragem e análise, é crescente a utilização de locais inexplorados e organismos pouco recorridos como modelo nesta busca, como os anfíbios e répteis Squamata. Neste estudo, buscamos entender a influência integrada de rios como barreira e do gradiente de inundação na geração e manutenção dos padrões atuais de distribuição das assembleias de anfíbios e répteis Squamata na região do Médio Rio Tapajós, na Amazônia Oriental, que é pouco conhecida e atualmente ameaçada pela iminente atividade antrópica. Para isso, detectamos os indivíduos em pontos amostrais localizados em todas as margens dos grandes rios, Tapajós e Jamanxim, através de busca ativa, armadilhas de interceptação e queda e encontros ocasionais nos principais períodos do ciclo hidrológico fluvial. Identificamos os táxons com uma abordagem integrativa morfológica, acústica, ecológica e molecular, detectamos e testamos os padrões de distribuição com ordenações uni e multivariadas, regressões lineares e segmentadas e análise de variância. No total, detectamos 92 anfíbios e 101 répteis, 26 e sete, respectivamente, mostraram efeito dos rios como barreira à sua distribuição, evidenciando o Rio Tapajós como uma possível barreira recente e o Rio Jamanxim como uma barreira fraca. Foram encontradas diferenças na composição das assembleias restritas ou não às florestas ripárias e as mais afetadas pelo rio como barreira foram os anfíbios e répteis não ripários, e os anfíbios ripários de igarapés. Anfíbios pequenos, diurnos e terrestres e répteis pequenos a médios, diurnos e semi-arborícolas também demonstram ser especialmente afetados pelos rios como barreira, e devem ser priorizados em novos estudos com esta temática. A região do Médio Rio Tapajós é evidenciada como uma zona de contato faunística, limitando a distribuição de linhagens típicas das regiões Oeste e Leste da Amazônia. A dinâmica fluvial controla os padrões de distribuição na região e pode mudar com alterações provenientes de ações antrópicas, promovendo ou impedindo a segregação dos táxons e extinguindo ambientes relevantes, reforçando a necessidade da preservação desta dinâmica. |